SIMULADO DE FILOSOFIA. QUESTÕES DE 1 A 26 GABARITO NO FINAL
QUESTÃO 01
O sujeito ético-moral é somente aquele que preencher os seguintes requisitos:
A) ser consciente de si, mas não precisa reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a si
B) saber o que faz, conhecer as causas e os fins de sua ação, o significado de suas intenções e de suas atitudes e a essência dos valores morais
C) não precisa controlar interiormente seus impulsos, suas inclinações e suas paixões, deixando-as fluir livremente
D) dizer o que as coisas são, como são e por que são. Enunciar, pois, juízos de fato
E) ser responsável, mas não precisa reconhecer-se como autor da sua própria ação nem avaliar os efeitos e as consequências dela sobre si e sobre os outros
QUESTÃO – 02
Quando examinamos as virtudes definidas pelo cristianismo, descobrimos que, embora as aristotélicas não sejam afastadas, deixam de ser as mais relevantes. O quadro cristão de virtudes e vícios pode ser assim resumido:
1. Virtudes cardeais: gula, avareza, preguiça, luxúria, cólera, inveja e orgulho
2. Pecados capitais: gula, avareza, preguiça, luxúria, cólera, inveja e orgulho
3. Virtudes morais: fé, esperança, caridade
4. Virtudes teologais: fé, esperança, caridade Estão corretas apenas as afirmativas:
A) 1, 3 e 4
B) 1, 2 e 3
C) 2, 3 e 4
D) 3 e 4
E) 2 e 4
QUESTÃO – 03
Quais auxílios divinos sem, os quais, a vida ética - na Idade Média - seria impossível?
1. Aos humanos, cabe ignorar a vontade e a lei de Deus, cumprindo somente as leis humanas
2. Considerar que o ser humano é, em si mesmo e por si mesmo, incapaz de realizar o bem e as virtudes. Tal concepção leva a introduzir uma nova ideia na moral: a ideia do dever
3. Por meio da revelação, somente aos reis e governantes Deus tornou sua vontade e sua lei manifestas aos seres humanos, definindo eternamente o bem e o mal, a virtude e o vício, a felicidade e a infelicidade, a salvação e o castigo
4. Deve-se obedecer, obrigatoriamente e sem exceção, à lei divina revelada São corretas apenas os auxílios
A) 1, 3 e 4
B) 1, 2 e 3
C) 2, 3 e 4
D) 3 e 4
E) 2 e 4
QUESTÃO 04
39) O estoicismo, que desde o seu início propôs ao homem submeter sua conduta a uma razão correta, mesmo que isso lhe trouxesse sofrimento e dor, tem um histórico de seguidores que desde a antiguidade exaltam as virtudes dessa proposta filosófica. Das afirmativas abaixo sobre essa linha filosófica, apenas uma é falsa. Assinale-a:
a) A felicidade é entendida como estabilidade e segurança.
b) O homem deve viver de acordo com a lei racional da natureza e sentir-se indiferente em relação a tudo que é externo ao ser.
c) Defender e exaltar a ética e a virtude pela virtude - fazer o bem porque isso é bom e resulta em coisas melhores.
d) Defender a busca incansável do prazer de realizar coisas boas e desfrutá-las.
39) O estoicismo, que desde o seu início propôs ao homem submeter sua conduta a uma razão correta, mesmo que isso lhe trouxesse sofrimento e dor, tem um histórico de seguidores que desde a antiguidade exaltam as virtudes dessa proposta filosófica. Das afirmativas abaixo sobre essa linha filosófica, apenas uma é falsa. Assinale-a:
a) A felicidade é entendida como estabilidade e segurança.
b) O homem deve viver de acordo com a lei racional da natureza e sentir-se indiferente em relação a tudo que é externo ao ser.
c) Defender e exaltar a ética e a virtude pela virtude - fazer o bem porque isso é bom e resulta em coisas melhores.
d) Defender a busca incansável do prazer de realizar coisas boas e desfrutá-las.
QUESTÃO 05
A Ética, como área de investigação filosófica, possui categorias, problemas e métodos próprios que a caracterizam como uma área de saber autônoma. Marque a alternativa FALSA em relação a uma caracterização adequada da ética como disciplina filosófica.
a) "A ética é indiretamente normativa, na medida em que sua atividade reflexiva não visa orientar os indivíduos em ações concretas em casos concretos, mas refletir sobre as diferentes morais e as diferentes maneiras de justificar racionalmente a vida moral, ou seja, orienta o agir de forma indireta".
b) "A ética é um saber essencialmente normativo, ou seja, pretende orientar as ações dos seres humanos. Daí porque a ética, como área da filosofia, tem uma incidência imediata na vida cotidiana, não podendo se furtar a uma normatividade direta, apontando as regras para o agir de cada um individualmente".
c) "A tarefa da ética é esclarecer reflexivamente o campo da moral, explicando o fenômeno da moralidade, dando conta racionalmente dessa dimensão humana, sem reduzi-la a seus componentes psicológicos, sociológicos e econômicos, dentre outros".
d) "A ética não permanece neutra diante de diferentes códigos morais que existiram ou existem. A neutralidade não é própria dos métodos e objetivos próprios da investigação ética, mas ela não pode nos levar a recomendar um único código moral como racionalmente preferível. Em função da complexidade do fenômeno moral e da pluralidade dos modelos de racionalidade e de métodos e enfoques filosóficos, o resultado da investigação ética tem que ser necessariamente plural e aberto".
e) "A Metaética, como parte da investigação ética, é uma metalinguagem que se ocupa em esclarecer os problemas linguísticos e epistemológicos da ética, ou seja, busca discernir a cientificidade, suficiência, aspectos formais, a situação epistemológica, etc., da linguagem ética".
QUESTÃO 06
Um dos problemas centrais da Ética como disciplina filosófica é a fundamentação da moral. Sobre essa questão, marque a alternativa FALSA.
a) "As teorias éticas são, ao final das contas, esforços de investigação da possibilidade de fundamentação da moral, e em que medida disso ela é tal, ou seja, apontar uma forma racional, dar razões para a moralidade. Entretanto, isso não significa dizer que toda teoria ética aponte a razão como fundamento da moralidade".
b) "O cientificismo não recusa uma fundamentação racional para a moral, pois prescreve que não há uma separação entre fatos e valores. A neutralidade axiológica própria da ciência, conforme Max Weber, permite que os valores possam ser captados na sua objetividade".
c) "Na perspectiva do racionalismo crítico de K. Popper e H. Albert, qualquer esforço de fundamentação última da ética vai fracassar porque termina por cair no Trilema de Münchaussen (Regresso infinito, Círculo lógico e Decisionismo). Para eles, essa impossibilidade da fundamentação última da moral faz com que esta seja, ao final, ancorada no dogmatismo que encobre a decisão de colocar um princípio arquimédico imune a toda crítica".
d) "O pensamento débil ou pós-moderno rejeita a possibilidade de fundamentar a moral porque considera que a tradição filosófica foi vítima de um engano centrado na epistemologia. Não é possível uma razão totalizante, que forneça uma metanarrativa que integre os diversos aspectos do real. A razão é frágil, débil, própria da finitude de nossa condição. Valores éticos universais são formas de mascaramento da vontade de poder totalizante".
e) "O etnocentrismo ético defende que só podemos justificar uma decisão moral para aqueles que compartilham uma determinada forma de vida, porque só eles podem nos entender. Além disso, a objetividade da moral como uma verdade universal acima das contingências históricas e geográficas é uma forma de encantamento que dificulta o consenso social de nossas sociedades democratas liberais".
Um dos problemas centrais da Ética como disciplina filosófica é a fundamentação da moral. Sobre essa questão, marque a alternativa FALSA.
a) "As teorias éticas são, ao final das contas, esforços de investigação da possibilidade de fundamentação da moral, e em que medida disso ela é tal, ou seja, apontar uma forma racional, dar razões para a moralidade. Entretanto, isso não significa dizer que toda teoria ética aponte a razão como fundamento da moralidade".
b) "O cientificismo não recusa uma fundamentação racional para a moral, pois prescreve que não há uma separação entre fatos e valores. A neutralidade axiológica própria da ciência, conforme Max Weber, permite que os valores possam ser captados na sua objetividade".
c) "Na perspectiva do racionalismo crítico de K. Popper e H. Albert, qualquer esforço de fundamentação última da ética vai fracassar porque termina por cair no Trilema de Münchaussen (Regresso infinito, Círculo lógico e Decisionismo). Para eles, essa impossibilidade da fundamentação última da moral faz com que esta seja, ao final, ancorada no dogmatismo que encobre a decisão de colocar um princípio arquimédico imune a toda crítica".
d) "O pensamento débil ou pós-moderno rejeita a possibilidade de fundamentar a moral porque considera que a tradição filosófica foi vítima de um engano centrado na epistemologia. Não é possível uma razão totalizante, que forneça uma metanarrativa que integre os diversos aspectos do real. A razão é frágil, débil, própria da finitude de nossa condição. Valores éticos universais são formas de mascaramento da vontade de poder totalizante".
e) "O etnocentrismo ético defende que só podemos justificar uma decisão moral para aqueles que compartilham uma determinada forma de vida, porque só eles podem nos entender. Além disso, a objetividade da moral como uma verdade universal acima das contingências históricas e geográficas é uma forma de encantamento que dificulta o consenso social de nossas sociedades democratas liberais".
QUESTÃO 07
A crise ecológica se tornou um problema fundamental da vida social, política e moral contemporânea, obrigando a reflexão humana alçar o voo para questões antes intocadas pela tematização filosófica e passando a incluir novas abordagens éticas. Sobre as relações entre ética filosófica e ecologia, encontramos as seguintes afirmações:
I. "O que se chama ética, tanto quanto normas, leis e ordenamentos sociais de todo tipo, revela o quanto é dramático lidar com as diferenças e os interesses, suprir necessidades e, ao mesmo tempo, instituir uma vida de não-violência, ou seja, a sociabilidade do humanus. Tal situação nunca prescindiu do que se chama natureza ou ambiente, pois não há vida humana sem habitat, sem ecologia, ou seja, relações e condições biológicas, alimentares, culturais, políticas, religiosas, econômicas, ...".
II. "Ética ambiental é um campo relativamente novo da Ética filosófica preocupada em descrever os valores possuídos pelo mundo natural não-humano e em prescrever uma resposta ética apropriada para assegurar a preservação e restauração desses valores. Essa preocupação urgente origina-se especialmente em função das ameaças à natureza postas em grande escala pelos humanos".
III. "A maior parte da reflexão filosófico-ambiental contemporânea é marcada pela leitura da história da ética como uma história de ampliação crescente do respeito moral, ou seja, de estender a consideração moral aos animais, plantas, espécies, ecossistemas e à própria Terra".
IV. "Uma ética com consideração forte pela ecologia não exige para sua formulação qualquer alteração do paradigma cartesiano-baconiano que demarcou a dominação do homem sobre a natureza e que permitiu a aquele o progresso científico-tecnológico que alargou o conhecimento dos seres e ambientes".
V. "O planejamento e administração hoje não podem mais suprimir a base ambiental e o modus civilizatório, assim como não poderão mais prescindir de uma ética do futuro. (...) As éticas anteriores não contemplaram a dinâmica de mutação e a exclusão inerentes à sociedade tecnoindustrial. Tem seus parâmetros inócuos e, muitas vezes, trazem em seu bojo as disposições profundas dos riscos da razão instrumental e egológica hegemônica. São por vezes éticas individualizadas e que não conseguem pensar os sujeitos e os objetos não-humanos, ou pensar a longo prazo, ou ainda pensar a globalização como ela se impõe hoje".
Marque a alternativa FALSA no tocante a uma caracterização pertinente da tematização da crise ecológica pela ética filosófica.
a) Todas as afirmações são falsas.
b) A afirmação IV é verdadeira.
c) Todas as afirmações são verdadeiras.
d) As afirmações I, II, III e V são verdadeiras.
e) As afirmações I, II, III e IV são verdadeiras.
I. "O que se chama ética, tanto quanto normas, leis e ordenamentos sociais de todo tipo, revela o quanto é dramático lidar com as diferenças e os interesses, suprir necessidades e, ao mesmo tempo, instituir uma vida de não-violência, ou seja, a sociabilidade do humanus. Tal situação nunca prescindiu do que se chama natureza ou ambiente, pois não há vida humana sem habitat, sem ecologia, ou seja, relações e condições biológicas, alimentares, culturais, políticas, religiosas, econômicas, ...".
II. "Ética ambiental é um campo relativamente novo da Ética filosófica preocupada em descrever os valores possuídos pelo mundo natural não-humano e em prescrever uma resposta ética apropriada para assegurar a preservação e restauração desses valores. Essa preocupação urgente origina-se especialmente em função das ameaças à natureza postas em grande escala pelos humanos".
III. "A maior parte da reflexão filosófico-ambiental contemporânea é marcada pela leitura da história da ética como uma história de ampliação crescente do respeito moral, ou seja, de estender a consideração moral aos animais, plantas, espécies, ecossistemas e à própria Terra".
IV. "Uma ética com consideração forte pela ecologia não exige para sua formulação qualquer alteração do paradigma cartesiano-baconiano que demarcou a dominação do homem sobre a natureza e que permitiu a aquele o progresso científico-tecnológico que alargou o conhecimento dos seres e ambientes".
V. "O planejamento e administração hoje não podem mais suprimir a base ambiental e o modus civilizatório, assim como não poderão mais prescindir de uma ética do futuro. (...) As éticas anteriores não contemplaram a dinâmica de mutação e a exclusão inerentes à sociedade tecnoindustrial. Tem seus parâmetros inócuos e, muitas vezes, trazem em seu bojo as disposições profundas dos riscos da razão instrumental e egológica hegemônica. São por vezes éticas individualizadas e que não conseguem pensar os sujeitos e os objetos não-humanos, ou pensar a longo prazo, ou ainda pensar a globalização como ela se impõe hoje".
Marque a alternativa FALSA no tocante a uma caracterização pertinente da tematização da crise ecológica pela ética filosófica.
a) Todas as afirmações são falsas.
b) A afirmação IV é verdadeira.
c) Todas as afirmações são verdadeiras.
d) As afirmações I, II, III e V são verdadeiras.
e) As afirmações I, II, III e IV são verdadeiras.
QUESTÃO 08
O século XX testemunhou uma ampliação notável do campo da moralidade ao incluir entre o rol de objetos de consideração ética os animais. A ética animal se tornou objeto de debate filosófico significativo. Sobre essa temática, analise as considerações abaixo:
I. "O modo correto de entender o lugar dos animais, e que tem sido corrente por séculos, possui diversas fontes, incluindo o pensamento judaico-cristão e argumentos de diferentes filósofos. Todos compartilham a posição de que a natureza e os animais existem para ser de usufruto do homem, instrumentos para ação humana. O animal é um recurso que humanos podem dispor naquilo que eles se adequam: um animal é comida, alimento ou objeto para brincadeiras - algo que tem valor apenas instrumental".
II. "O movimento de libertação animal argumenta que existe, na verdade, uma tirania do humano sobre animais não-humanos. Essa tirania causou e ainda causa hoje uma quantidade de dor e sofrimento que só pode ser comparado com aquela que resultou dos séculos de tirania dos homens brancos sobre os homens negros".
III. "Muitas organizações estabelecidas de proteção aos animais são ainda consistentes com a perspectiva tradicional da prioridade do interesse humano sobre o dos animais não-humanos, ao se oporem ao sofrimento dos animais somente quando fosse gratuito ou arbitrário. Para o movimento da libertação animal, tal visão é, na verdade, ainda uma forma de "especismo". Eles arguem que todos os seres sencientes tem interesses, e que devemos dar igual consideração a seus interesses, sem olhar se são membros de nossa espécie ou de outras espécies".
IV. "Em qualquer exploração séria sobre valores ambientais ou dos animais, uma questão central será se existe alguma coisa que, para além dos seres humanos, tem valor intrínseco. As reflexões éticas desenvolvidas por ecologistas e defensores dos animais se voltam justamente para esse problema, sustentando que seres sencientes são merecedores de algum grau de respeito ou consideração moral por serem portadores de valor intrínseco - embora alguns teóricos busquem estender o valor intrínseco para além dos seres sencientes".
V. "A partir do princípio da sensibilidade [senciência], a ética reconhece o direito ao respeito moral a todos os seres capazes dos sentimentos de dor e prazer. Não podemos argumentar sobre o valor moral dos animais a partir do que eles não podem ter: raciocínio e fala. Essa constatação nos ajuda simplesmente a afirmar que eles não são seres humanos; isso nada afirma dos animais, só nega; a negação está certa: os animais não pensam e não falam. Mas o que os define? A resposta é: eles são seres sensíveis à dor e ao prazer. A sensibilidade é essencial para o animal como a razão o é para o homem".
Com base nas considerações acima, marque a alternativa FALSA no tocante a uma caracterização consistente da posição pró-ativa a uma ética animal.
a) As afirmações I, IV e V são falsas.
b) Todas as afirmações são verdadeiras.
c) As afirmações II e III são falsas.
d) A afirmação I é verdadeira.
e) Todas as afirmações são falsas.
QUESTÃO 09
I. "O modo correto de entender o lugar dos animais, e que tem sido corrente por séculos, possui diversas fontes, incluindo o pensamento judaico-cristão e argumentos de diferentes filósofos. Todos compartilham a posição de que a natureza e os animais existem para ser de usufruto do homem, instrumentos para ação humana. O animal é um recurso que humanos podem dispor naquilo que eles se adequam: um animal é comida, alimento ou objeto para brincadeiras - algo que tem valor apenas instrumental".
II. "O movimento de libertação animal argumenta que existe, na verdade, uma tirania do humano sobre animais não-humanos. Essa tirania causou e ainda causa hoje uma quantidade de dor e sofrimento que só pode ser comparado com aquela que resultou dos séculos de tirania dos homens brancos sobre os homens negros".
III. "Muitas organizações estabelecidas de proteção aos animais são ainda consistentes com a perspectiva tradicional da prioridade do interesse humano sobre o dos animais não-humanos, ao se oporem ao sofrimento dos animais somente quando fosse gratuito ou arbitrário. Para o movimento da libertação animal, tal visão é, na verdade, ainda uma forma de "especismo". Eles arguem que todos os seres sencientes tem interesses, e que devemos dar igual consideração a seus interesses, sem olhar se são membros de nossa espécie ou de outras espécies".
IV. "Em qualquer exploração séria sobre valores ambientais ou dos animais, uma questão central será se existe alguma coisa que, para além dos seres humanos, tem valor intrínseco. As reflexões éticas desenvolvidas por ecologistas e defensores dos animais se voltam justamente para esse problema, sustentando que seres sencientes são merecedores de algum grau de respeito ou consideração moral por serem portadores de valor intrínseco - embora alguns teóricos busquem estender o valor intrínseco para além dos seres sencientes".
V. "A partir do princípio da sensibilidade [senciência], a ética reconhece o direito ao respeito moral a todos os seres capazes dos sentimentos de dor e prazer. Não podemos argumentar sobre o valor moral dos animais a partir do que eles não podem ter: raciocínio e fala. Essa constatação nos ajuda simplesmente a afirmar que eles não são seres humanos; isso nada afirma dos animais, só nega; a negação está certa: os animais não pensam e não falam. Mas o que os define? A resposta é: eles são seres sensíveis à dor e ao prazer. A sensibilidade é essencial para o animal como a razão o é para o homem".
Com base nas considerações acima, marque a alternativa FALSA no tocante a uma caracterização consistente da posição pró-ativa a uma ética animal.
a) As afirmações I, IV e V são falsas.
b) Todas as afirmações são verdadeiras.
c) As afirmações II e III são falsas.
d) A afirmação I é verdadeira.
e) Todas as afirmações são falsas.
QUESTÃO 09
Sabemos hoje que a política faz parte das nossas vidas. Aristóteles afirmava que "o homem é por natureza um animal político".
Com a afirmação o filósofo pretendia ensinar que:
a. ( ) o ser humano necessita das instâncias políticas para sobreviver em segurança.
b. ( ) o ser humano tem necessidade de viver com os seus semelhantes.
c. ( ) os filósofos, apesar de humanos, deveriam governar as cidades, pois sábios e justos.
d. ( ) os atrativos pelo poder são naturais e inerentes ao ser humano, animal político.
e. ( ) a política envolve relacionamentos humanos e a necessidade de controles sociais.
Com a afirmação o filósofo pretendia ensinar que:
a. ( ) o ser humano necessita das instâncias políticas para sobreviver em segurança.
b. ( ) o ser humano tem necessidade de viver com os seus semelhantes.
c. ( ) os filósofos, apesar de humanos, deveriam governar as cidades, pois sábios e justos.
d. ( ) os atrativos pelo poder são naturais e inerentes ao ser humano, animal político.
e. ( ) a política envolve relacionamentos humanos e a necessidade de controles sociais.
QUESTÃO 10
Com relação à Filosofia Medieval, é correto afirmar:
a. ( ) Buscava fundamentar a razão através da fé.
b. ( ) Foi marcada pelo dualismo entre fé e razão.
c. ( ) Comprovava que a existência de Deus somente poderia ser comprovada pela fé.
d. ( ) Condenava a punição dos cidadãos, pois eram imagem e semelhança de Deus.
e. ( ) Identificava a incompatibilidade entre fé e razão na busca do conhecimento.
a. ( ) Buscava fundamentar a razão através da fé.
b. ( ) Foi marcada pelo dualismo entre fé e razão.
c. ( ) Comprovava que a existência de Deus somente poderia ser comprovada pela fé.
d. ( ) Condenava a punição dos cidadãos, pois eram imagem e semelhança de Deus.
e. ( ) Identificava a incompatibilidade entre fé e razão na busca do conhecimento.
QUESTÃO 11
Sobre a filosofia Escolástica, pensamento desenvolvido entre os séculos IX e XV, é correto afirmar:
a. ( ) Os escolásticos tentavam eliminar da filosofia as influências dos pensadores gregos.
b. ( ) Os textos bíblicos fundamentavam as reflexões filosóficas dos escolásticos.
c. ( ) Os escolásticos priorizavam nas escolas monacais os métodos elaborados por Platão.
d. ( ) Seus filósofos se preocupavam em elaborar uma filosofia cristã.
e. ( ) Preocupados com os conhecimentos teológicos, os escolásticos menosprezavam as artes liberais.
Sobre a filosofia Escolástica, pensamento desenvolvido entre os séculos IX e XV, é correto afirmar:
a. ( ) Os escolásticos tentavam eliminar da filosofia as influências dos pensadores gregos.
b. ( ) Os textos bíblicos fundamentavam as reflexões filosóficas dos escolásticos.
c. ( ) Os escolásticos priorizavam nas escolas monacais os métodos elaborados por Platão.
d. ( ) Seus filósofos se preocupavam em elaborar uma filosofia cristã.
e. ( ) Preocupados com os conhecimentos teológicos, os escolásticos menosprezavam as artes liberais.
QUESTÃO 12
Para Heidegger "a essência do ser-aí reside em sua existência, isto é, no fato de ultrapassar, de transcender, de ser originariamente ser-no-mundo". Assinale a alternativa que expressa o pensamento de "existência humana" do autor:
a) O fim das ações humanas (individuais e coletivas) consiste na busca da felicidade através do exercício da virtude.
b) A existência não é uma das divisões do ser humano e não se opõe a essência.
c) Enquanto os entes (ser que existe) são fechados em seu universo circundante, o homem é, graças a linguagem, o ser.
d) A essência precede a existência e a liberdade é a existência do homem
QUESTÃO 14
Filósofo, matemático e fisiologista, o francês René Descartes é considerado o pai da matemática e da filosofia moderna. Em 1637, publica três pequenos tratados científicos: A Dióptrica, Os Meteoros e A Geometria, mas o prefácio dessas obras é que faz seu futuro reconhecimento: o Discurso sobre o método. O propósito inicial era encontrar um método seguro que o conduzisse a verdade indubitável. Assinale a opção correta quanto as quatro regras básicas do método.
A) 1º Da dúvida/evidência / 2º Da divisão/simplificação / 3º Revisão/exatidão/ 4º Do ordenamento/enumeração
B) 1º Princípio: Da dúvida/evidência / 2° consistia em dividir cada uma das dificuldades que examinava em tantas parcelas quantas fosse possível e fosse necessário, para melhor as resolver. 3º Princípio: do ordenamento/enumeração / 4° consistia em fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais, que tivesse a certeza de nada omitir.
C) 1° Nunca aceitar coisa alguma por verdadeira, sem que a conhecesse evidentemente como tal/ 2° consistia em conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, gradualmente, até ao conhecimento dos mais complexos, não deixando de supor certa ordem entre aqueles que não se sucedem naturalmente uns aos outros/ 3º Princípio: Da divisão/simplificação / 4º Princípio: Revisão/exatidão.
D) 1° Consistia em fazer sempre enumerações tão completas e revisões tão gerais, que tivesse a certeza de nada omitir / 2º Da divisão/simplificação / 3º Revisão/exatidão / 4° consistia em conduzir por ordem os meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, gradualmente, até ao conhecimento dos mais complexos, não deixando de supor certa ordem entre aqueles que não se sucedem naturalmente uns aos outros.
E) 1º Da dúvida/evidência/ 2° consistia em dividir cada uma das dificuldades que examinava em tantas parcelas quantas fosse possível e fosse necessário, para melhor as resolver/ 3º Da divisão/simplificação / 4º Do ordenamento/enumeração.
QUESTÃO 15
No texto:
"(...) por "democracia" se entende um conjunto de regras (as chamadas regras do jogo) que consentem a mais ampla e segura participação da maior parte dos cidadãos, em forma direta ou indireta, nas decisões que interessam à toda a coletividade."
BOBBIO, Norberto. Qual socialismo? - discussões de uma alternativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. P. 55-6.
Tendo em vista os assuntos abordados no texto, bem como as noções de democracia e política, assinale a opção correta.
A) Na democracia grega, há três pilares: igualdade, liberdade e participação.
B) Na democracia, o cidadão não perde o poder, apenas o transfere provisória e rotativamente aos seus representantes, além de que não perde o direito - e o dever - da participação ativa, inclusive de discordar e criticar.
C) Em uma democracia social, embora as pessoas sejam diferentes e participem de grupos diversos, ninguém pode ser discriminado devido às suas posses, ao gênero ou à etnia a que pertence, à sua crença ou à orientação sexual.
D) A democracia brasileira é direta e não representativa. No entanto, o plebiscito, o referendo e os projetos de iniciativa popular são institutos que oferecem oportunidades de menor participação da sociedade civil.
E) No século V a.C, a escolha dos políticos era feita por sorteio, para que qualquer um pudesse ser alternadamente "governante e governado", sendo portanto uma democracia direta.
"(...) por "democracia" se entende um conjunto de regras (as chamadas regras do jogo) que consentem a mais ampla e segura participação da maior parte dos cidadãos, em forma direta ou indireta, nas decisões que interessam à toda a coletividade."
BOBBIO, Norberto. Qual socialismo? - discussões de uma alternativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. P. 55-6.
Tendo em vista os assuntos abordados no texto, bem como as noções de democracia e política, assinale a opção correta.
A) Na democracia grega, há três pilares: igualdade, liberdade e participação.
B) Na democracia, o cidadão não perde o poder, apenas o transfere provisória e rotativamente aos seus representantes, além de que não perde o direito - e o dever - da participação ativa, inclusive de discordar e criticar.
C) Em uma democracia social, embora as pessoas sejam diferentes e participem de grupos diversos, ninguém pode ser discriminado devido às suas posses, ao gênero ou à etnia a que pertence, à sua crença ou à orientação sexual.
D) A democracia brasileira é direta e não representativa. No entanto, o plebiscito, o referendo e os projetos de iniciativa popular são institutos que oferecem oportunidades de menor participação da sociedade civil.
E) No século V a.C, a escolha dos políticos era feita por sorteio, para que qualquer um pudesse ser alternadamente "governante e governado", sendo portanto uma democracia direta.
QUESTÃO 16
A respeito da relação entre livre-arbítrio, determinismo e liberdade situada, assinale a opção incorreta.
A) Na Grécia Antiga, a liberdade era exercida na vida publica, no espaço da polis, em que os cidadãos livres faziam política.
B) O mundo explicado pelo determinismo é o da contingência, ou seja, o que pode ser de um jeito ou de outro, e não o da necessidade.
C) A noção de livre arbítrio permaneceu na história, principalmente na tradição cristã, influenciando pensadores da filosofia moderna como Descartes e Kant.
D) Na liberdade situada reconhecemos como seres determinados mas igualmente livres, ou seja, a liberdade é construída na ação, na pratica, conforme os desafios que se apresentam
E) Livre arbítrio é a faculdade que tem o individuo de determinar, com base em sua consciência apenas, a sua própria conduta.
A) Na Grécia Antiga, a liberdade era exercida na vida publica, no espaço da polis, em que os cidadãos livres faziam política.
B) O mundo explicado pelo determinismo é o da contingência, ou seja, o que pode ser de um jeito ou de outro, e não o da necessidade.
C) A noção de livre arbítrio permaneceu na história, principalmente na tradição cristã, influenciando pensadores da filosofia moderna como Descartes e Kant.
D) Na liberdade situada reconhecemos como seres determinados mas igualmente livres, ou seja, a liberdade é construída na ação, na pratica, conforme os desafios que se apresentam
E) Livre arbítrio é a faculdade que tem o individuo de determinar, com base em sua consciência apenas, a sua própria conduta.
QUESTÃO 17
Ao examinarmos o pensamento filosófico dos antigos, veremos que nele a ética afirma alguns princípios da vida moral. Em relação aos princípios, é incorreto afirmar que:
A) Nenhuma das alternativas abaixo
B) A virtude é uma excelência alcançada pelo caráter.
C) A conduta ética é aquela na qual a gente sabe o que está e o que não está em seu poder realizar
D) Não se pode deixar arrastar pelas circunstancias nem pelos instintos
E) Pela conduta virtuosa alcançamos o bem e a felicidade
A) Nenhuma das alternativas abaixo
B) A virtude é uma excelência alcançada pelo caráter.
C) A conduta ética é aquela na qual a gente sabe o que está e o que não está em seu poder realizar
D) Não se pode deixar arrastar pelas circunstancias nem pelos instintos
E) Pela conduta virtuosa alcançamos o bem e a felicidade
QUESTÃO 18
Ao pensar em como a coação poderia contribuir para a liberdade, Kant estabeleceu um imperativo no sentido de que a restrição da liberdade de cada indivíduo se harmonizasse com a liberdade de todos os outros, segundo uma lei universal da liberdade. Esse imperativo é o
A) categórico da ética, que é hipotético.
B) do direito.
C) da moral, que é hipotético e categórico ao mesmo tempo.
D) da coisa em si.
A) categórico da ética, que é hipotético.
B) do direito.
C) da moral, que é hipotético e categórico ao mesmo tempo.
D) da coisa em si.
QUESTÃO 19
A filosofia patrística (Século I ao Século VII d.C.) refere-se à predominância do pensamento cristão em relação à tradição de pensamento antigo. Os filósofos desse período introduziram novas concepções à medida que intencionavam defender a evangelização e a própria religião cristã. Desse modo, uma das concepções trazidas por eles foi a ideia de
A) um Deus Demiurgo (artífice) responsável pela criação e manipulação da realidade.
B) criação a partir do nada, contradizendo a visão da antiguidade que supunha a geração de todas as coisas.
C) divindade representando a potencialização das virtudes humanas, apresentando-se como modelo de perfeição.
D) livre arbítrio possibilitando entender a vontade de Deus como semelhante à vontade dos homens.
A) um Deus Demiurgo (artífice) responsável pela criação e manipulação da realidade.
B) criação a partir do nada, contradizendo a visão da antiguidade que supunha a geração de todas as coisas.
C) divindade representando a potencialização das virtudes humanas, apresentando-se como modelo de perfeição.
D) livre arbítrio possibilitando entender a vontade de Deus como semelhante à vontade dos homens.
QUESTÃO 20
Sobre a Filosofia Contemporânea, quais correntes filosóficas NÃO correspondem a esse período?
a) Idealismo de Hegel; Positivismo de Comte.
b) Racionalismo Cartesiano; Empirismo de Francis Bacon.
c) Pragmatismo de Charles S. Peirce; Neokantismo de Hermann Cohen.
d) Fenomenologia de Husserl; Martin Haidegger.
e) Marxismo de Gramsci; Estruturalismo de Claude Lévi-Strauss.
a) Idealismo de Hegel; Positivismo de Comte.
b) Racionalismo Cartesiano; Empirismo de Francis Bacon.
c) Pragmatismo de Charles S. Peirce; Neokantismo de Hermann Cohen.
d) Fenomenologia de Husserl; Martin Haidegger.
e) Marxismo de Gramsci; Estruturalismo de Claude Lévi-Strauss.
QUESTÃO 21
"Moral (mos, moris, "costume"): conjunto de normas livre e conscientemente adotadas que visam a organizar as relações das pessoas na sociedade, tendo em vista o bem e o mal; conjunto dos costumes e valores de uma sociedade, com caráter normativo (regras do comportamento das pessoas em grupo)".
(ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003). Sobre a moral, é CORRETO afirmar que:
a) o estudo da moral deixa de ser uma questão de cunho filosófico passando a ser objeto de estudo da teologia.
b) a moral não estabelece regras para a vivência em sociedade.
c) a moral se reduz a um conjunto de normas, regras e valores que são adquiridas através da herança e recebidas pela tradição.
d) através da reflexão crítica, o sujeito tende a colocar a moral e os valores vigentes em questão, questionando-os e criticando-os.
e) não é possível compreender a moral através do seu caráter histórico e social, pois a ideia de moral sempre foi a mesma ao longo do tempo histórico.
"Moral (mos, moris, "costume"): conjunto de normas livre e conscientemente adotadas que visam a organizar as relações das pessoas na sociedade, tendo em vista o bem e o mal; conjunto dos costumes e valores de uma sociedade, com caráter normativo (regras do comportamento das pessoas em grupo)".
(ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003). Sobre a moral, é CORRETO afirmar que:
a) o estudo da moral deixa de ser uma questão de cunho filosófico passando a ser objeto de estudo da teologia.
b) a moral não estabelece regras para a vivência em sociedade.
c) a moral se reduz a um conjunto de normas, regras e valores que são adquiridas através da herança e recebidas pela tradição.
d) através da reflexão crítica, o sujeito tende a colocar a moral e os valores vigentes em questão, questionando-os e criticando-os.
e) não é possível compreender a moral através do seu caráter histórico e social, pois a ideia de moral sempre foi a mesma ao longo do tempo histórico.
QUESTÃO 22
"Ética (ethos, "costume"): parte da Filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das noções e princípios que fundamentam a vida moral" (ARANHA, Maria L. de Arruda. Filosofando: introdução à filosofia. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2003). De acordo com Aranha, sobre os conceitos de ética e moral é INCORRETO afirmar que:
a) a moral se refere às regras de comportamento aceitas em determinada época, sendo o sujeito moral aquele que age bem ou mal, na medida em que ataca e transgride as regras morais.
b) apesar de serem usados como sinônimos, os conceitos de moral e ética são diferentes.
c) a ética se preocupa com a reflexão sobre os princípios e noções que alicerçam a vida moral.
d) a ética também é conhecida como filosofia moral.
e) os conceitos de moral e ética dizem respeito à mesma ideia, pois não apresentam nenhuma diferença.
a) a moral se refere às regras de comportamento aceitas em determinada época, sendo o sujeito moral aquele que age bem ou mal, na medida em que ataca e transgride as regras morais.
b) apesar de serem usados como sinônimos, os conceitos de moral e ética são diferentes.
c) a ética se preocupa com a reflexão sobre os princípios e noções que alicerçam a vida moral.
d) a ética também é conhecida como filosofia moral.
e) os conceitos de moral e ética dizem respeito à mesma ideia, pois não apresentam nenhuma diferença.
QUESTÃO 23
Em relação à filosofia moral, é INCORRETO afirmar que:
a) uma ação amoral é considerada como uma ação idêntica à ação moral.
b) a moral apresenta um caráter pessoal, sendo assim, pode ser subjetiva.
c) os aspectos normativos da moral são as normas de ação, as regras que enunciam o "deve ser".
d) o ato moral é constituído pelos aspectos normativos e factuais.
e) a moral apresenta um caráter social.
QUESTÃO 24
a) uma ação amoral é considerada como uma ação idêntica à ação moral.
b) a moral apresenta um caráter pessoal, sendo assim, pode ser subjetiva.
c) os aspectos normativos da moral são as normas de ação, as regras que enunciam o "deve ser".
d) o ato moral é constituído pelos aspectos normativos e factuais.
e) a moral apresenta um caráter social.
QUESTÃO 24
A Filosofia Contemporânea, formada a partir do século XIX, apresenta novos objetos a serem discutidos. Das alternativas abaixo, qual NÃO corresponde ao período da Filosofia Contemporânea?
a) Patrística e Escolástica.
b) História e progresso.
c) A cultura.
d) Ciências e técnicas.
e) Ideais políticos revolucionários.
a) Patrística e Escolástica.
b) História e progresso.
c) A cultura.
d) Ciências e técnicas.
e) Ideais políticos revolucionários.
QUESTÃO 25
Sobre as concepções éticas, é INCORRETO afirmar que:
a) a moral iluminista defendia a formação de uma moral religiosa.
b) para Kant, o agir moralmente se funda na razão.
c) para Karl Marx, apenas em sociedades fraternas é possível o surgimento de uma moral autêntica.
d) Nietzsche critica toda a moral fundada pela razão.
e) com os iluministas, a moral se torna laica, secularizada.GABARITO
a) a moral iluminista defendia a formação de uma moral religiosa.
b) para Kant, o agir moralmente se funda na razão.
c) para Karl Marx, apenas em sociedades fraternas é possível o surgimento de uma moral autêntica.
d) Nietzsche critica toda a moral fundada pela razão.
e) com os iluministas, a moral se torna laica, secularizada.GABARITO
1-B
2-E
3-E
4-D
5-B
6-B
7-B
8-D
9-B
10 B
11-D
12-C
13-E
14-B
15-D
16-B
17-A
18-B
19-B
20-B
21-D
22-E
23-A
24-A
25-A
ENEM – Filosofia Antiga – Período Clássico – Sofistas, Sócrates, Platão e Aristóteles
07/31/2019 Questões - Filosofia Antiga, São Luis 3a. série, Sion 3a. série, Uncategorized, Vestibular e ENEM
1. (Enem 2017) Uma conversação de tal natureza transforma o ouvinte; o contato de Sócrates paralisa e embaraça; leva a refletir sobre si mesmo, a imprimir à atenção uma direção incomum: os temperamentais, como Alcibíades, sabem que encontrarão junto dele todo o bem de que são capazes, mas fogem porque receiam essa influência poderosa, que os leva a se censurarem. E sobretudo a esses jovens, muitos quase crianças, que ele tenta imprimir sua orientação.
BRÉHIER, E. História da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1977.
O texto evidencia características do modo de vida socrático, que se baseava na
a) contemplação da tradição mítica.
b) sustentação do método dialético.
c) relativização do saber verdadeiro.
d) valorização da argumentação retórica.
e) investigação dos fundamentos da natureza.
2. (Enem 2017) Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim que desejamos por ele mesmo e tudo o mais é desejado no interesse desse fim; evidentemente tal fim será o bem, ou antes, o sumo bem. Mas não terá o conhecimento, porventura, grande influência sobre essa vida? Se assim é, esforcemo-nos por determinar, ainda que em linhas gerais apenas, o que seja ele e de qual das ciências ou faculdades constitui o objeto. Ninguém duvidará de que o seu estudo pertença à arte mais prestigiosa e que mais verdadeiramente se pode chamar a arte mestra. Ora, a política mostra ser dessa natureza, pois é ela que determina quais as ciências que devem ser estudadas num Estado, quais são as que cada cidadão deve aprender, e até que ponto; e vemos que até as faculdades tidas em maior apreço, como a estratégia, a economia e a retórica, estão sujeitas a ela. Ora, como a política utiliza as demais ciências e, por outro lado, legisla sobre o que devemos e o que não devemos fazer, a finalidade dessa ciência deve abranger as das outras, de modo que essa finalidade será o bem humano.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In: Pensadores. São Paulo: Nova Gunman 1991 (adaptado).
Para Aristóteles, a relação entre o sumo bem e a organização da pólis pressupõe que
a) o bem dos indivíduos consiste em cada um perseguir seus interesses.
b) o sumo bem é dado pela fé de que os deuses são os portadores da verdade.
c) a política é a ciência que precede todas as demais na organização da cidade.
d) a educação visa formar a consciência de cada pessoa para agir corretamente.
e) a democracia protege as atividades políticas necessárias para o bem comum.
3. (Enem PPL 2017) A definição de Aristóteles para enigma é totalmente desligada de qualquer fundo religioso: dizer coisas reais associando coisas impossíveis. Visto que, para Aristóteles, associar coisas impossíveis significa formular uma contradição, sua definição quer dizer que o enigma é uma contradição que designa algo real, em vez de não indicar nada, como é de regra.
COLLI, G. O nascimento da filosofia. Campinas: Unicamp, 1996 (adaptado).
Segundo o texto, Aristóteles inovou a forma de pensar sobre o enigma, ao argumentar que
a) a contradição que caracteriza o enigma é desprovida de relevância filosófica.
b) os enigmas religiosos são contraditórios porque indicam algo religiosamente real.
c) o enigma é uma contradição que diz algo de real e algo de impossível ao mesmo tempo.
d) as coisas impossíveis são enigmáticas e devem ser explicadas em vista de sua origem religiosa.
e) a contradição enuncia coisas impossíveis e irreais, porque ela é desligada de seu fundo religioso.
4. (Enem PPL 2017) Dado que, dos hábitos racionais com os quais captamos a verdade, alguns são sempre verdadeiros, enquanto outros admitem o falso, como a opinião e o cálculo, enquanto o conhecimento científico e a intuição são sempre verdadeiros, e dado que nenhum outro gênero de conhecimento é mais exato que o conhecimento científico, exceto a intuição, e, por outro lado, os princípios são mais conhecidos que as demonstrações, e dado que todo conhecimento científico constitui-se de maneira argumentativa, não pode haver conhecimento científico dos princípios, e dado que não pode haver nada mais verdadeiro que o conhecimento científico, exceto a intuição, a intuição deve ter por objeto os princípios.
ARISTÓTELES. Segundos analíticos. In: REALE, G. História da filosofia antiga. São Paulo: Loyola, 1994.
Os princípios, base da epistemologia aristotélica, pertencem ao domínio do(a)
a) opinião, pois fazem parte da formação da pessoa.
b) cálculo, pois são demonstrados por argumentos.
c) conhecimento científico, pois admitem provas empíricas.
d) intuição, pois ela é mais exata que o conhecimento científico.
e) prática de hábitos racionais, pois com ela se capta a verdade.
5. (Enem 2ª aplicação 2016) Os andróginos tentaram escalar o céu para combater os deuses. No entanto, os deuses em um primeiro momento pensam em matá-los de forma sumária. Depois decidem puni-los da forma mais cruel: dividem-nos em dois. Por exemplo, é como se pegássemos um ovo cozido e, com uma linha, dividíssemos ao meio. Desta forma, até hoje as metades separadas buscam reunir-se. Cada um com saudade de sua metade, tenta juntar-se novamente a ela, abraçando-se, enlaçando-se um ao outro, desejando formar um único ser.
PLATÃO. O banquete. São Paulo: Nova Cultural, 1987.
No trecho da obra O banquete, Platão explicita, por meio de uma alegoria, o
a) bem supremo como fim do homem.
b) prazer perene como fundamento da felicidade.
c) ideal inteligível como transcendência desejada.
d) amor como falta constituinte do ser humano.
e) autoconhecimento como caminho da verdade.
6. (Enem PPL 2016) Estamos, pois, de acordo quando, ao ver algum objeto, dizemos: “Este objeto que estou vendo agora tem tendências para assemelhar-se a um outro ser, mas, por ter defeitos, não consegue ser tal como o ser em questão, e lhe é, pelo contrário, inferior”. Assim, para podermos fazer estas reflexões, é necessário que antes tenhamos tido ocasião de conhecer esse ser de que se aproxima o dito objeto, ainda que imperfeitamente.
PLATÃO, Fédon. São Paulo: Abril Cultural, 1972.
Na epistemologia platônica, conhecer um determinado objeto implica
a) estabelecer semelhanças entre o que é observado em momentos distintos.
b) comparar o objeto observado com uma descrição detalhada dele.
c) descrever corretamente as características do objeto observado.
d) fazer correspondência entre o objeto observado e seu ser.
e) identificar outro exemplar idêntico ao observado.
7. (Enem 2ª aplicação 2016) Ninguém delibera sobre coisas que não podem ser de outro modo, nem sobre as que lhe é impossível fazer. Por conseguinte, como o conhecimento científico envolve demonstração, mas não há demonstração de coisas cujos primeiros princípios são variáveis (pois todas elas poderiam ser diferentemente), e como é impossível deliberar sobre coisas que são por necessidade, a sabedoria prática não pode ser ciência, nem arte: nem ciência, porque aquilo que se pode fazer é capaz de ser diferentemente, nem arte, porque o agir e o produzir são duas espécies diferentes de coisa. Resta, pois, a alternativa de ser ela uma capacidade verdadeira e raciocinada de agir com respeito às coisas que são boas ou más para o homem.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1980.
Aristóteles considera a ética como pertencente ao campo do saber prático. Nesse sentido, ela difere-se dos outros saberes porque é caracterizada como
a) conduta definida pela capacidade racional de escolha.
b) capacidade de escolher de acordo com padrões científicos.
c) conhecimento das coisas importantes para a vida do homem.
d) técnica que tem como resultado a produção de boas ações.
e) política estabelecida de acordo com padrões democráticos de deliberação.
8. (Enem PPL 2016) Enquanto o pensamento de Santo Agostinho representa o desenvolvimento de uma filosofia cristã inspirada em Platão, o pensamento de São Tomás reabilita a filosofia de Aristóteles – até então vista sob suspeita pela Igreja –, mostrando ser possível desenvolver uma leitura de Aristóteles compatível com a doutrina cristã. O aristotelismo de São Tomás abriu caminho para o estudo da obra aristotélica e para a legitimação do interesse pelas ciências naturais, um dos principais motivos do interesse por Aristóteles nesse período.
MARCONDES, D. Textos básicos de filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
A Igreja Católica por muito tempo impediu a divulgação da obra de Aristóteles pelo fato de a obra aristotélica
a) valorizar a investigação científica, contrariando certos dogmas religiosos.
b) declarar a inexistência de Deus, colocando em dúvida toda a moral religiosa.
c) criticar a Igreja Católica, instigando a criação de outras instituições religiosas.
d) evocar pensamentos de religiões orientais, minando a expansão do cristianismo.
e) contribuir para o desenvolvimento de sentimentos antirreligiosos, seguindo sua teoria política.
9. (Enem PPL 2015) Ambos prestam serviços corporais para atender às necessidades da vida. A natureza faz o corpo do escravo e do homem livre de forma diferente. O escravo tem corpo forte, adaptado naturalmente ao trabalho servil. Já o homem livre tem corpo ereto, inadequado ao trabalho braçal, porém apto à vida do cidadão.
ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985.
O trabalho braçal é considerado, na filosofia aristotélica, como
a) indicador da imagem do homem no estado de natureza.
b) condição necessária para a realização da virtude humana.
c) atividade que exige força física e uso limitado da racionalidade.
d) referencial que o homem deve seguir para viver uma vida ativa.
e) mecanismo de aperfeiçoamento do trabalho por meio da experiência.
10. (Enem 2015) Trasímaco estava impaciente porque Sócrates e os seus amigos presumiam que a justiça era algo real e importante. Trasímaco negava isso. Em seu entender, as pessoas acreditavam no certo e no errado apenas por terem sido ensinadas a obedecer às regras da sua sociedade. No entanto, essas regras não passavam de invenções humanas.
RACHELS. J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradiva, 2009.
O sofista Trasímaco, personagem imortalizado no diálogo A República, de Platão, sustentava que a correlação entre justiça e ética é resultado de
a) determinações biológicas impregnadas na natureza humana.
b) verdades objetivas com fundamento anterior aos interesses sociais.
c) mandamentos divinos inquestionáveis legados das tradições antigas.
d) convenções sociais resultantes de interesses humanos contingentes.
e) sentimentos experimentados diante de determinadas atitudes humanas.
11. (Enem PPL 2015) Suponha homens numa morada subterrânea, em forma de caverna, cuja entrada, aberta à luz, se estende sobre todo o comprimento da fachada; eles estão lá desde a infância, as pernas e o pescoço presos por correntes, de tal sorte que não podem trocar de lugar e só podem olhar para frente, pois os grilhões os impedem de voltar a cabeça; a luz de uma fogueira acesa ao longe, numa elevada do terreno, brilha por detrás deles; entre a fogueira e os prisioneiros, há um caminho ascendente; ao longo do caminho, imagine um pequeno muro, semelhante aos tapumes que os manipuladores de marionetes armam entre eles e o público e sobre os quais exibem seus prestígios.
PLATÃO. A República. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007.
Essa narrativa de Platão é uma importante manifestação cultural do pensamento grego antigo, cuja ideia central, do ponto de vista filosófico, evidencia o(a)
a) caráter antropológico, descrevendo as origens do homem primitivo.
b) sistema penal da época, criticando o sistema carcerário da sociedade ateniense.
c) vida cultural e artística, expressa por dramaturgos trágicos e cômicos gregos.
d) sistema político elitista, provindo do surgimento da pólis e da democracia ateniense.
e) teoria do conhecimento, expondo a passagem do mundo ilusório para o mundo das ideias.
12. (Enem 2014)
escola_de_atenas_01
No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o conhecimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a
a) suspensão do juízo como reveladora da verdade.
b) realidade inteligível por meio do método dialético.
c) salvação da condição mortal pelo poder de Deus.
d) essência das coisas sensíveis no intelecto divino.
e) ordem intrínseca ao mundo por meio da sensibilidade.
13. (Enem PPL 2014) Ao falar do caráter de um homem não dizemos que ele é sábio ou que possui entendimento, mas que é calmo ou temperante. No entanto, louvamos também o sábio, referindo-se ao hábito; e aos hábitos dignos de louvor chamamos virtude.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova CuIturaI, 1973.
Em Aristóteles, o conceito de virtude ética expressa a
a) excelência de atividades praticadas em consonância com o bem comum.
b) concretização utilitária de ações que revelam a manifestação de propósitos privados.
c) concordância das ações humanas aos preceitos emanados da divindade.
d) realização de ações que permitem a configuração da paz
e) manifestação de ações estéticas, coroadas de adorno e beleza.
14. (Enem PPL 2013) O termo injusto se aplica tanto às pessoas que infringem a lei quanto às pessoas ambiciosas (no sentido de quererem mais do que aquilo a que têm direito) e iníquas, de tal forma que as cumpridoras da lei e as pessoas corretas serão justas. O justo, então, é aquilo conforme à lei e o injusto é o ilegal e iníquo.
ARISTÓTELES. Ética à Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural: 1996 (adaptado).
Segundo Aristóteles, pode-se reconhecer uma ação justa quando ela observa o
a) compromisso com os movimentos desvinculados da legalidade.
b) benefício para o maior número possível de indivíduos.
c) interesse para a classe social do agente da ação.
d) fundamento na categoria de progresso histórico.
e) princípio de dar a cada um o que lhe é devido.
15. (Enem 2013) A felicidade é portanto, a melhor, a mais nobre e a mais aprazível coisa do mundo, e esses atributos não devem estar separados como na inscrição existente em Delfos “das coisas, a mais nobre é a mais justa, e a melhor é a saúde; porém a mais doce é ter o que amamos”. Todos estes atributos estão presentes nas mais excelentes atividades, e entre essas a melhor, nós a identificamos como felicidade.
ARISTÓTELES. A Política. São Paulo: Cia. das Letras, 2010.
Ao reconhecer na felicidade a reunião dos mais excelentes atributos, Aristóteles a identifica como
a) busca por bens materiais e títulos de nobreza.
b) plenitude espiritual a ascese pessoal.
c) finalidade das ações e condutas humanas.
d) conhecimento de verdades imutáveis e perfeitas.
e) expressão do sucesso individual e reconhecimento público.
16. (Enem PPL 2013) Mas, sendo minha intenção escrever algo de útil para quem por tal se interesse, pareceu-me mais conveniente ir em busca da verdade extraída dos fatos e não à imaginação dos mesmos, pois muitos conceberam repúblicas e principados jamais vistos ou conhecidos como tendo realmente existido.
MAQUIAVEL, N. O príncipe. Disponível em: http://www.culturabrasil.pro.br. Acesso em: 4 abr. 2013.
A partir do texto, é possível perceber a crítica maquiaveliana à filosofia política de Platão, pois há nesta a
a) elaboração de um ordenamento político com fundamento na bondade infinita de Deus.
b) explicitação dos acontecimentos políticos do período clássico de forma imparcial.
c) utilização da oratória política como meio de convencer os oponentes na ágora.
d) investigação das constituições políticas de Atenas pelo método indutivo.
e) idealização de um mundo político perfeito existente no mundo das ideias.
17. (Enem 2012) Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).
O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427–346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação?
a) Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.
b) Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles.
c) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis.
d) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não.
e) Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.
18. (Enem PPL 2012) Pode-se viver sem ciência, pode-se adotar crenças sem querer justificá-las racionalmente, pode-se desprezar as evidências empíricas. No entanto, depois de Platão e Aristóteles, nenhum homem honesto pode ignorar que uma outra atitude intelectual foi experimentada, a de adotar crenças com base em razões e evidências e questionar tudo o mais a fim de descobrir seu sentido último.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2002.
Platão e Aristóteles marcaram profundamente a formação do pensamento Ocidental. No texto, é ressaltado importante aspecto filosófico de ambos os autores que, em linhas gerais, refere-se à
a) adoção da experiência do senso comum como critério de verdade.
b) incapacidade de a razão confirmar o conhecimento resultante de evidências empíricas.
c) pretensão de a experiência legitimar por si mesma a verdade.
d) defesa de que a honestidade condiciona a possibilidade de se pensar a verdade.
e) compreensão de que a verdade deve ser justificada racionalmente.
19. (Enem PPL 2012) Quanto à deliberação, deliberam as pessoas sobre tudo? São todas as coisas objetos de possíveis deliberações? Ou será a deliberação impossível no que tange a algumas coisas? Ninguém delibera sobre coisas eternas e imutáveis, tais como a ordem do universo; tampouco sobre coisas mutáveis, como os fenômenos dos solstícios e o nascer do sol, pois nenhuma delas pode ser produzida por nossa ação.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Edipro, 2007. (adaptado).
O conceito de deliberação tratado por Aristóteles é importante para entender a dimensão da responsabilidade humana. A partir do texto, considera-se que é possível ao homem deliberar sobre
a) coisas imagináveis, já que ele não tem controle sobre os acontecimentos da natureza.
b) ações humanas, ciente da influência e da determinação dos astros sobre as mesmas.
c) fatos atingíveis pela ação humana, desde que estejam sob seu controle.
d) fatos e ações mutáveis da natureza, já que ele é parte dela.
e) coisas eternas, já que ele é por essência um ser religioso.
Gabarito:
1:B
2:C
3:C
4:D
5:D
6:D
7:A
8:A
9:C
10:D
11:E
12:B
13:A
14:E
15:C
16:E
17:D
18:E
19:C
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