Bom dia meus queridos! Espero que tudo esteja bem com vocês.
Vamos a mais uma atividade para perdermos o pique!!
Um abraço para cada um de vocês,
Bons estudos!!
Se Cuidem!
Atividade
O Mito e o
Surgimento da Filosofia
MITOLOGIA
A
palavra “mito” vem do grego mýthos, que significa mensagem, conselho, narrativa
ou rumor.
Mito era a
palavra usada para denominar a narrativa cuja verdade era garantida pelo
testemunho dos outros, os que davam credibilidade a tal narrativa.
A
mitologia comparada possui como uma das suas funções, revelar o que abarca de
identitário em várias tradições e costumes.
Muitas
obras associam história e mito em suas construções identitárias. Ilíada e
Iracema.
O mito do
Édipo rei atende a característica da qual “nenhum ser humano pode escapar
daquilo que lhe encomenda o seu destino
O papel
exercido pelos poetas, responsáveis pela transmissão oral das tradições, dos
mitos e da memória.
Alguns
mitos oferecem modelos de vida e podem servir como referências para a vida de
muitas pessoas mesmo no século XXI
SURGIMENTO DA FILOSOFIA
A mudança
do conhecimento mítico para o filosófico foi provocado por motivos reconhecidos
como importantes. Dentre eles estão: o nascimento da pólis(cidade como
organização social), da moeda, e a invenção do escrita e da lei.
Noção de Isonomia: equivalência de atuação de todos
no decisões políticas.
A ágora
possuía como objetivo formar o local onde os indivíduos sociais se encontravam
para decidir sobre as situações da cidade.
Na
Filosofia, os parâmetros de justificativas e de explanação são as bases e
normas racionais que precisam ser utilizados nos debates públicos.
O
aparecimento da Filosofia na Grécia aconteceu de modo
gradual e
contextualizado, com ligação com seu instante
histórico.
. O que
caracteriza o filósofo é o movimento que leva incessantemente do saber à
ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento.
MERLEAU-PONTY,
M. Elogio da filosofia. Lisboa;
Guimarães, 1998 (adaptado)
Ghiraldelli
Jr., Paulo. A Aventura da Filosofia: de Parmênides a Nietzsche (p. 13). Edição
do Kindle.
EXERCÍCIOS:
Questão 01(ENEM-2014-PPL) A mitologia comparada surge no século XVIII. Essa tendência influenciou o escritor
cearense José de Alencar, que, inspirado pelo estilo da epopeia homérica na Ilíada, propõe em Iracema uma espécie de mito fundador do povo brasileiro. Assim como
a Ilíada vincula a constituição do
povo helênico à Guerra de Troia,
deflagrada pelo romance proibido de Helena e Páris, Iracema vincula a formação do povo brasileiro aos conflitos entre índios e colonizadores,
atravessados pelo amor proibido entre uma índia — Iracema — e o colonizador
português Martim Soares Moreno.
DETIENNE, M. A invenção da mitologia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998
(adaptado).
A comparação estabelecida entre a Ilíada
e Iracema demonstra que essas obras
a)
combinam folclore e cultura
erudita em seus estilos estéticos.
b)
articulam resistência e opressão
em seus gêneros literários.
c)
associam história e mito em suas
construções identitárias.
d)
refletem pacifismo e belicismo em
suas escolhas ideológicas.
e)
traduzem revolta e conformismo em
seus padrões alegóricos.
____________________________________________
Questão 02 (ENEM-2016-2ª Aplicação)
[...] O SERVIDOR —Diziam ser filho do rei...
ÉDIPO — Foi ela quem te entregou a criança?
O SERVIDOR — Foi ela, Senhor.
ÉDIPO — Com que intenção?
O SERVIDOR — Para que eu a matasse. ÉDIPO — Uma mãe!
Mulher desgraçada!
O SERVIDOR — Ela
tinha medo de um oráculo dos deuses. ÉDIPO — O que
ele anunciava?
O SERVIDOR — Que essa criança um dia mataria seu pai. ÉDIPO— Mas por
que tu a entregaste a este homem?
O SERVIDOR — Tive
piedade dela, mestre. Acreditei que ele a levaria ao país de onde vinha. Ele te
salvou a vida, mas para os piores males! Se és realmente aquele de quem ele
fala, saibas que nasceste marcado pela infelicidade.
ÉDIPO — Oh! Ai
de mim! Então no final de tudo seria verdade! Ah! Luz do dia, que eu te veja
aqui pela última vez, já que hoje me revelo o filho de quem não deveria nascer
o esposo de quem não devia ser o assassino de quem não deveria matar!
1
SÓFOCLES.
Édipo Rei. Porto Alegre: L&PM, 2011.
O trecho
da obra de Sófocles, que expressa o núcleo da tragédia grega, revela o(a)
a)
condenação eterna dos homens pela
prática injustificada do incesto
b)
legalismo estatal ao punir com a
prisão perpétua o crime de parricídio.
c)
busca pela explicação racional
sobre os fatos até então desconhecidos.
d)
caráter antropomórfico dos deuses
na medida em que imitavam os homens.
e)
impossibilidade de o homem fugir
do destino predeterminado pelos deuses.
____________________________________________
Questão 03 (ENEM-2ª aplicação 2010) “Quando
Édipo nasceu, seus pais, Laio e
Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o filho
mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la, ordenaram a um criado que
matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um
casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube
da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para
evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se
com Laio e seu séquito, que, insolentemente, ordenou que saísse da estrada.
Édipo reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles
estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar em Tebas, dominada por
uma Esfinge. Ele decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e
casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia”.
Disponível
em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28/08/2010 (adaptado).
No mito Édipo
Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos
são características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e
providência divina. A expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do
determinismo é:
a)
“Nasci para satisfazer a grande
necessidade que eu tinha de mim mesmo.” (Jean Paul Sartre)
b)
“Ter fé é assinar uma folha em
branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” (Santo Agostinho)
c)
“Quem não tem medo da vida também
não tem medo da morte.” (Arthur Schopenhauer)
d)
“Não me pergunte quem sou eu e
não me diga para permanecer o mesmo.” (Michel Foucault)
e) “O homem,
em seu orgulho, criou a Deus a sua imagem
e
semelhança.” (Friedrich Nietzsche)
____________________________________________
Questão 04 (UNIMONTES 2011) A passagem da mentalidade
mítica para o pensamento racional e filosófico foi gestada por fatores
considerados relevantes para a construção de uma nova mentalidade. Algumas
novidades do período arcaico ajudaram a transformar a visão que o mito oferecia
sobre o mundo e a existência humana. Nesse aspecto, são todos fatores
relevantes:
a)
a invenção da escrita e da moeda,
a lei escrita e a imprensa.
b)
a invenção da escrita e do
telefone, a lei escrita e o nascimento da pólis.
c)
a invenção da escrita e da moeda,
a lei escrita e o nascimento da pólis.
d)
a invenção da escrita e da
religião, a lei escrita e o nascimento da pólis.
e) Nenhuma
das alternativas anteriores.
____________________________________________
Questão 05(ENEM-2016-1ª Aplicação)
O aparecimento da pólis, situado entre os séculos VIII e VII a.C.,
constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo.
Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, a vida
social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade
foi plenamente sentida pelos gregos,
manifestando-se
no surgimento da filosofia.
VERNANT, J.-P As origens do
pensamento grego. Rio de Janeiro: Ditei, 2004 (adaptado)
Segundo Vernant, a filosofia na antiga Grécia foi resultado do(a)
a) surgimento
da cidade como organização social.
b) constituição
do regime democrático.
c) contato
dos gregos com outros povos.
d) desenvolvimento
no campo das navegações.
e)
aparecimento de novas
instituições religiosas.
____________________________________________
Questão 06 (ENEM-2014) Compreende-se assim o alcance de uma reivindicação que surge
desde o nascimento da cidade a Grécia antiga: a redação das leis. Ao
escrevê-las, não se faz mais que assegurar-lhes permanência e fixidez. As leis
tornam-se bem comum, regra geral, suscetível de ser aplicada a todos da mesma
maneira.
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 1992 (adaptado).
Para o autor a reivindicação atendida na Grécia antiga,
ainda vigente no mundo contemporâneo, buscava garantir o seguinte princípio:
a)
Transparência — acesso às informações
governamentais.
b)
Tripartição —
separação entre os poderes políticos estatais.
c)
Equiparação-
igualdade de gênero na participação política.
d)
Isonomia — igualdade de tratamento
aos cidadãos.
e)
Elegibilidade –
permissão para candidatura aos cargos públicos.
____________________________________________
Questão 07 (ENEM-2015-adaptada) O que implica o sistema da pólis é uma extraordinária preeminência da palavra sobre todos os
outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a
discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual,
assim como do jogo político.
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de
Janeiro: Bertrand, 1992 (adaptado).
Na configuração política da democracia grega, e especial a
ateniense, a ágora tinha por função
a) agregar os cidadãos em
torno de reis que governavam em prol da cidade.
b) possibilitar aos
cidadãos a participação às deliberações do Estado apresentadas por seus
magistrados.
2
c)
reunir os exércitos para decidir em assembléias fechadas os
rumos a serem tomados em caso de guerra.
d)
congregar a
comunidade para eleger representantes com direito a pronunciar-se em assembléias.
e)
constituir o lugar
onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões da
comunidade.
_______________________________________________
Questão 08 (UNIOESTE-2010) Pode-se afirmar
que a Filosofia é filha da
cidade-estado grega (pólis). A pólis grega surgiu entre os séculos VIII e VII
a.C., e os primeiros filósofos surgiram por volta do século VI a.C. nas
colônias gregas. O texto abaixo indica algumas das características da pólis que
propiciaram o surgimento da Filosofia:
“A pólis se faz pela autonomia da palavra, não mais a palavra mágica dos
mitos, palavra dada pelos deuses e, portanto, comum a todos, mas a palavra
humana do conflito, da discussão, da argumentação. A expressão da
individualidade por meio do debate engendra a
política, libertando o homem dos exclusivos desígnios divinos, para ele
próprio tecer o seu destino na praça pública. O saber deixa de ser sagrado e
passa a ser objeto de discussão; a instauração dessa ordem humana dá origem ao cidadão da pólis, figura inexistente no mundo coletivista da comunidade tribal.”
(M. L. A.
Aranha; M. H. P. Martins)
Considerando
o texto acima, é incorreto afirmar que
a)
para a Filosofia, os critérios de
argumentação e de explicação são os princípios e regras da razão que devem ser
aplicados nas discussões públicas por meio da linguagem.
b)
a verdade não deve ser imposta
como um decreto divino, mas discutida, criticada e demonstrada pelos cidadãos.
c)
o surgimento da Filosofia na
Grécia ocorreu de forma inesperada, isolada e excepcional, sem relação com seu
momento histórico: foi o chamado “milagre grego”.
d)
a liberdade e a autonomia
política do cidadão estão estreitamente ligadas à sua autonomia de pensamento.
e)
o mito e o sagrado, na explicação
do homem e do mundo, contrapõem-se aos argumentos e demonstrações filosóficos.
_____________________________________________
Questão 09 (ENEM 2018) O filósofo reconhece-se pela posse inseparável do gosto da evidência e do sentido da
ambiguidade. Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta se chama equívoco.
Sempre aconteceu que, mesmo aqueles que pretenderam construir uma filosofia
absolutamente positiva, só conseguiram ser filósofos na medida em que,
simultaneamente, se recusaram o direito de se instalar no saber absoluto. O que
caracteriza o filósofo é o movimento que leva incessantemente do saber
à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento.
MERLEAU-PONTY,
M. Elogio da filosofia.
Lisboa;
Guimarães, 1998 (adaptado).
O texto apresenta um entendimento
acerca dos elementos constitutivos da atividade do filósofo, que se caracteriza
por
a)
reunir os antagonismos das
opiniões ao método dialético.
b)
ajustar a clareza do conhecimento
ao inatismo das ideias.
c)
associar a certeza do intelecto à
imutabilidade da verdade.
d)
conciliar o rigor da investigação
à inquietude do questionamento.
e)
compatibilizar as
estruturas do pensamento
aos
princípios
fundamentais.
GABARITO:
01–C
02–E
03–B
04–C
05–A
06–D
07–E
08–C
09–D
Democracia Ateniense e
Pré-Socráticos
DEMOCRACIA
ATENIENSE
A
política, inerente à Atenas, ganhou, desde Péricles, o reconhecimento de “democracia”,
porque a sua gestão(poder - cratós) não pertencia a uma minoria, mas sim de um
grande grupo(demos).
O
exercício do regime democrático está relacionado com originalidade da
manifestação popular.
PRÉ-SOCRÁTICOS
A maior
investigação filosófica apontada por eles existia sobre o início (arché), a
origem, o princípio, a substância primordial, a causa primeira do mundo. Visão
cosmológica sobre o mundo.
A origem
da filosofia estaria nas colônias gregas da Jônia, onde hoje é a Turquia.
Homens como Tales, Anaximandro e Anaxímenes que iniciaram a filosofia.
Tales
(624-547 a.C.) considerou a água como sendo o arkhé, o princípio governante do
mundo: “Tudo é água”.
Anaximandro(610-
547a.C.) criou o conceito de “ápeiron” que define que o mundo teve origem de
uma substância indefinida, que representava o infinito, ilimitado e o
indeterminado.
Anaxímenes
de Mileto (588-524 a.C.) disse que o ar é o elemento originário de tudo o que
existe, existiu e existirá
Anaxágoras
(500-428 a.C.) acreditava que o princípio do mundo estava em diversos
componentes, e não apenas em um. “No menor das partes está presente o todo”.
Parmênides
(c.530-460 a.C.) apresentou sustentações para o que viemos depois a chamar de
nascimento da lógica e do pensamento puramente racional. A razão proporciona o
conhecimento, os sentidos, não. Proporciona assim uma definição para o
ser(ontos). “o ser é uno”
3
Heráclito
(535-475 a.C.), o pré-socrático responsável pela defesa da mudança: ”é
impossível o mesmo ser entrar no mesmo rio duas vezes”
Para
Empédocles(490-430 a.C.) , a origem do universo somente poderia ser explica
pela união de elementos primordiais e indestrutíveis que geram todas as coisas
são o fogo, a água, o ar e a terra.
Leucipo
(c.490 a.C.) foi um dos filósofos gregos pré-socráticos que apresentou o modelo
de um átomo.
Demócrito
(460-370 a.C.) defendia que a “substância primordial das coisas” estava
constituída no átomo.
Ghiraldelli
Jr., Paulo. A Aventura da Filosofia: de Parmênides a Nietzsche (págs. de 18 à
20). Edição do Kindle.
ZINGANO,
M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012
(adaptado).
BURNET,
J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).
EXERCÍCIOS:
Questão01(UNICENTRO 2010) No século V a.C. Atenas esteve sob o governo de Péricles, um dos grandes estrategos do
mundo grego. Naquele período, Atenas vivenciou o grande florescimento das
artes, ciência, filosofia e política. Segundo alguns autores, é a partir do
governo de Péricles que os gregos traçaram as linhas mestras daquilo que viria
a ser a política enquanto atividade (e dever) de todos os cidadãos que vivem na
pólis (cidade-estado).
A partir desta e outras informações sobre o governo de Péricles,
assinale a alternativa correta.
a) No governo de Péricles, somente as classes mais favorecidas tinham
direito a voz nas assembleias.
b) Somente aos sábios caberia o dever de governar a pólis grega, porque apenas eles teriam condições de
“contemplar”
a verdadeira ideia de justiça.
c) Péricles propõe, como melhor regime político, a sofocracia, governo nas mãos do sábio.
d) Péricles desenvolveu uma concepção política muito restrita, na qual o
governo da pólis seria mantido
somente por um pequeno número de pessoas.
e) O governo,
próprio de Atenas,
recebeu, a partir
de
Péricles,
o nome de “democracia”, porque a sua direção
(poder - cratós) não está na mão de um pequeno grupo,
mas sim da maioria (o demos).
____________________________________________
Questão 02(ENEM-2018-PPL)

Disponível
em: http://une.org.br. Acesso em: 30 jul. 2015 (adaptado).
Considerando o funcionamento do regime democrático, o episódio retratado
na imagem está associado ao(à)
a)
legalidade dos partidos políticos.
b)
valorização das políticas
afirmativas.
c) esgotamento
do movimento sindical.
d) legitimidade
da mobilização popular.
e)
emergência das organizações não
governamentais.
____________________________________________
Questão 03(ENEM-2012-adaptada)
TEXTO I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o
que existe, existiu e existirá, eque outras coisas provêm de sua
descendência.Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os
ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e,
ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água,quando mais condensada,
transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível,
transforma-se
em pedras.
BURNET, J. A aurora da filosofia
grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).
TEXTO II
Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas
as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se
nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos
filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos,
como ensinam os Jônios,ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade,dão a
impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha.”
GILSON, E.; BOEHNER, P. História
da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).
Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para
explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de
Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em
comum na sua fundamentação teorias que
a) eram
baseadas num princípio originário para o mundo.
b) postulavam
nas ciências da natureza.
c) refutavam
as teorias de filósofos da religião.
d) tinham
origem nos mitos das civilizações antigas.
e) defendiam
que Deus é o princípio de todas as coisas.
_____________________________________________
Questão04(ENEM-2015-adaptada)A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a
origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e
levá-la a sério? Sim e por três razões; Em primeiro lugar, porque essa
proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o
faz sem nela, embora apenas em estado de
crisálida,
está contido o pensamento: Tudo é um.
NIETZSCHE, F. Crítica moderna.
In: Os pré-socráticos. São Paulo:
Nova Cultural, 1999.
O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia
entre os gregos?
a)
O impulso em transformar,
mediantes justificativas os elementos sensíveis em verdades racionais.
b)
A necessidade de explicar, usando
metáforas, a origem dos seres e das coisas.
c)
A ambição de expor, de maneira
metódica, as diferenças entre as coisas.
4
d)
O desejo
de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes.
e)
A tentativa de justificar, a
partir de elementos empíricos, o
que
existe no real.
_____________________________________________
Questão05(ENEM-2016-1ª Aplicação)
TEXTO I
Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, nem substância
mortal alcançar duas vezes mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da
mudança, dispersa e de novo reúne.
HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo: Abril Cultural, 1996
(adaptado).
TEXTO II
Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser é ingênito e
indestrutível, pois é compacto, inabalável e sem fim; não foi nem será, pois é
agora um todo homogêneo, uno, contínuo. Como poderia o que é perecer? Como
poderia gerar-se?
PARMÊNIDES.
Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002
(adaptado).
Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõe numa oposição que se
insere no campo das
a) investigações
do pensamento sistemático
b) preocupações
do período mitológico.
c)
discussões de base ontológica.
d)
habilidades da retórica
sofística.
e) verdades
do mundo sensível.
_____________________________________________
Questão06(ENEM-2017)A representação de Demócrito é semelhante à de Anaxágoras, na medida em que um infinitamente
múltiplo é a origem; mas nele a determinação dos princípios fundamentais
aparece de maneira tal que contém aquilo que para o que foi formado não é,
absolutamente, o aspecto simples para si. Por exemplo, partículas de carne e de
ouro seriam princípios que, através de
sua concentração, formam aquilo
que aparece como figura.
Hegel, G.W.F. Crítica Moderna. In: Souza, J.C. (Org.).Os pré-socráticos: vida e
obra. São
Paulo: Nova Cultural, 2000 (adaptado).
O texto faz uma apresentação crítica acerca do pensamento de Demócrito,
segundo o qual o “princípio constitutivo das coisas” estava representado pelo(a)
a) número,
que fundamenta a criação dos deuses.
b) devir,
que simboliza o constante movimento dos objetos.
c)
água, que expressa a causa
material da origem do universo.
d)
imobilidade, que sustenta a
existência do ser atemporal.
e)
átomo, que explica o surgimento
dos entes.
_____________________________________________
Questão07(ENEM-2018-PPL)Demócrito julga que a natureza das coisas eternas são pequenas substâncias infinitas, em grande
número. E julga que as substâncias são tão pequenas que fogem às nossas percepções.
E lhes são inerentes formas de toda espécie, figuras de toda espécie e
diferenças em grandeza. Destas, então, engendram-se e combinam-se todos
os volumes visíveis e
perceptíveis.
SIMPLÍCIO. Do Céu (DK 68 a 37).
In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova
Cultural, 1996 (adaptado).
Demócrito atribui-se a origem do
conceito de
a)
porção mínima da matéria, o
átomo.
b)
princípio móvel do universo, a
arché.
c)
qualidade única dos seres, a
essência.
d)
quantidade variante da massa, o
corpus.
e)
substrato constitutivo dos
elementos, a physis.
_____________________________________________
Questão08
(ENEM-2016-PPL)Todas as coisas são diferenciações de uma mesma coisa e
são a mesma coisa. E isto é evidente. Porque se as coisas que são agora neste
mundo - terra, água, ar e fogo e as outras coisas que se manifestam neste mundo
-, se alguma destas coisas fosse diferente de qualquer outra, diferente em sua
natureza própria e se não permanecesse a mesma coisa em suas muitas mudanças e
diferenciações, então não poderiam as coisas, de nenhuma maneira, misturar-se
umas às outras, nem fazer bem ou mal umas às outras, nem a planta poderia
brotar da terra, nem um animal ou qualquer outra coisa vir à existência, se
todas as coisas não fossem compostas de modo a serem as mesmas. Todas as coisas
nascem, através de diferenciações, de uma mesma coisa, ora em uma forma, ora em
outra, retomando sempre a mesma coisa.
DIÓGENES, In: BORNHEIM, G, A. Os
filósofos pré-socráticos, São Paulo: Cultrix, 1967
O texto descreve argumentos dos primeiros pensadores, denominados
pré-socráticos. Para eles, a principal preocupação filosófica era de ordem
a)
cosmológica, propondo uma
explicação racional do mundo fundamentada nos elementos da natureza.
b)
política, discutindo as formas de
organização da pólis ao estabelecer as regras da democracia.
c)
ética, desenvolvendo uma
filosofia dos valores virtuosos que tem a felicidade como o bem maior.
d)
estética, procurando investigar a
aparência dos entes sensíveis.
e)
hermenêutica, construindo uma
explicação unívoca da realidade.
_____________________________________________
Questão09(ENEM-2012-adaptada)Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso
estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que
privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas
irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.
ZINGANO,
M. Platão e Aristóteles: o fascínio
da filosofia. São Paulo:
Odysseus, 2012 (adaptado).
O texto
faz referência à relação entre razão e sensação,um
aspecto
essencial da Doutrina das Ideias de Platão(427 a.C.-
346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante
dessa relação?
a) Estabelecendo
um abismo intransponível entre as duas.
b)
Afirmando que a razão é capaz de
gerar conhecimento, mas a sensação não.
c)
Privilegiando os sentidos e
subordinando o conhecimento a eles.
d)
Atendo-se à posição de Parmênides
de que razão e sensação são inseparáveis.
e)
Rejeitando a posição de
Parmênides de que a sensação é superior à razão.
GABARITO:
01–E
02–D
03–A
04–D
05–C
06–E
07–A
08–A
09–B
5
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