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Atividade XXIII filosofia EJA 1-A-B-C-D

 Bom dia meus queridos! Espero que tudo esteja bem com vocês.

Vamos a mais uma atividade para perdermos o pique!!

Um abraço para cada um de vocês,

Bons estudos!! 

Se Cuidem! 

 

 

 

Atividade

 

O Mito e o Surgimento da Filosofia

 

MITOLOGIA

 

A palavra “mito” vem do grego mýthos, que significa mensagem, conselho, narrativa ou rumor.

 

Mito era a palavra usada para denominar a narrativa cuja verdade era garantida pelo testemunho dos outros, os que davam credibilidade a tal narrativa.

 

A mitologia comparada possui como uma das suas funções, revelar o que abarca de identitário em várias tradições e costumes.

 

Muitas obras associam história e mito em suas construções identitárias. Ilíada e Iracema.

 

O mito do Édipo rei atende a característica da qual “nenhum ser humano pode escapar daquilo que lhe encomenda o seu destino

 

O papel exercido pelos poetas, responsáveis pela transmissão oral das tradições, dos mitos e da memória.

 

Alguns mitos oferecem modelos de vida e podem servir como referências para a vida de muitas pessoas mesmo no século XXI

 

SURGIMENTO DA FILOSOFIA

 

A mudança do conhecimento mítico para o filosófico foi provocado por motivos reconhecidos como importantes. Dentre eles estão: o nascimento da pólis(cidade como organização social), da moeda, e a invenção do escrita e da lei.

 

Noção de Isonomia: equivalência de atuação de todos no decisões políticas.

 

A ágora possuía como objetivo formar o local onde os indivíduos sociais se encontravam para decidir sobre as situações da cidade.

 

Na Filosofia, os parâmetros de justificativas e de explanação são as bases e normas racionais que precisam ser utilizados nos debates públicos.


O aparecimento da Filosofia na Grécia aconteceu de modo

 

gradual e contextualizado, com ligação com seu instante

 

histórico.

 

. O que caracteriza o filósofo é o movimento que leva incessantemente do saber à ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento.

 

MERLEAU-PONTY, M. Elogio da filosofia. Lisboa; Guimarães, 1998 (adaptado)

 

Ghiraldelli Jr., Paulo. A Aventura da Filosofia: de Parmênides a Nietzsche (p. 13). Edição do Kindle.

 

EXERCÍCIOS:

 

Questão 01(ENEM-2014-PPL) A mitologia comparada surge no século XVIII. Essa tendência influenciou o escritor cearense José de Alencar, que, inspirado pelo estilo da epopeia homérica na Ilíada, propõe em Iracema uma espécie de mito fundador do povo brasileiro. Assim como a Ilíada vincula a constituição do povo helênico à Guerra de Troia, deflagrada pelo romance proibido de Helena e Páris, Iracema vincula a formação do povo brasileiro aos conflitos entre índios e colonizadores, atravessados pelo amor proibido entre uma índia — Iracema — e o colonizador português Martim Soares Moreno.

 

DETIENNE, M. A invenção da mitologia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1998 (adaptado).

 

A comparação estabelecida entre a Ilíada e Iracema demonstra que essas obras

 

a)    combinam folclore e cultura erudita em seus estilos estéticos.

 

b)    articulam resistência e opressão em seus gêneros literários.

 

c)    associam história e mito em suas construções identitárias.

 

d)    refletem pacifismo e belicismo em suas escolhas ideológicas.

 

e)    traduzem revolta e conformismo em seus padrões alegóricos.

 

____________________________________________

Questão 02 (ENEM-2016-2ª Aplicação)

 

[...] O SERVIDOR Diziam ser filho do rei...

 

ÉDIPO Foi ela quem te entregou a criança?

 

O SERVIDOR Foi ela, Senhor.

 

ÉDIPO Com que intenção?

 

O SERVIDOR Para que eu a matasse. ÉDIPO Uma mãe! Mulher desgraçada!

 

O SERVIDOR Ela tinha medo de um oráculo dos deuses. ÉDIPO O que ele anunciava?

 

O SERVIDOR Que essa criança um dia mataria seu pai. ÉDIPO Mas por que tu a entregaste a este homem?

 

O SERVIDOR Tive piedade dela, mestre. Acreditei que ele a levaria ao país de onde vinha. Ele te salvou a vida, mas para os piores males! Se és realmente aquele de quem ele fala, saibas que nasceste marcado pela infelicidade.

 

ÉDIPO Oh! Ai de mim! Então no final de tudo seria verdade! Ah! Luz do dia, que eu te veja aqui pela última vez, já que hoje me revelo o filho de quem não deveria nascer o esposo de quem não devia ser o assassino de quem não deveria matar!

 

1


SÓFOCLES. Édipo Rei. Porto Alegre: L&PM, 2011.

 

O trecho da obra de Sófocles, que expressa o núcleo da tragédia grega, revela o(a)

 

a)    condenação eterna dos homens pela prática injustificada do incesto

 

b)    legalismo estatal ao punir com a prisão perpétua o crime de parricídio.

 

c)    busca pela explicação racional sobre os fatos até então desconhecidos.

 

d)    caráter antropomórfico dos deuses na medida em que imitavam os homens.

 

e)    impossibilidade de o homem fugir do destino predeterminado pelos deuses.

 

____________________________________________

 

Questão 03 (ENEM-2ª aplicação 2010) “Quando Édipo nasceu, seus pais, Laio e Jocasta, os reis de Tebas, foram informados de uma profecia na qual o filho mataria o pai e se casaria com a mãe. Para evitá-la, ordenaram a um criado que matasse o menino. Porém, penalizado com a sorte de Édipo, ele o entregou a um casal de camponeses que morava longe de Tebas para que o criasse. Édipo soube da profecia quando se tornou adulto. Saiu então da casa de seus pais para evitar a tragédia. Eis que, perambulando pelos caminhos da Grécia, encontrou-se com Laio e seu séquito, que, insolentemente, ordenou que saísse da estrada. Édipo reagiu e matou todos os integrantes do grupo, sem saber que entre eles estava seu verdadeiro pai. Continuou a viagem até chegar em Tebas, dominada por uma Esfinge. Ele decifrou o enigma da Esfinge, tornou-se rei de Tebas e casou-se com a rainha, Jocasta, a mãe que desconhecia”.

 

Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28/08/2010 (adaptado).

 

No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos são características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência divina. A expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é:

 

a)    “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo.” (Jean Paul Sartre)

 

b)    “Ter fé é assinar uma folha em branco e deixar que Deus nela escreva o que quiser.” (Santo Agostinho)

 

c)    “Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte.” (Arthur Schopenhauer)

 

d)    “Não me pergunte quem sou eu e não me diga para permanecer o mesmo.” (Michel Foucault)

 

e)    “O homem, em seu orgulho, criou a Deus a sua imagem

 

e semelhança.” (Friedrich Nietzsche)

____________________________________________

 

Questão 04 (UNIMONTES 2011) A passagem da mentalidade mítica para o pensamento racional e filosófico foi gestada por fatores considerados relevantes para a construção de uma nova mentalidade. Algumas novidades do período arcaico ajudaram a transformar a visão que o mito oferecia sobre o mundo e a existência humana. Nesse aspecto, são todos fatores relevantes:

 

a)    a invenção da escrita e da moeda, a lei escrita e a imprensa.

 

b)    a invenção da escrita e do telefone, a lei escrita e o nascimento da pólis.


c)    a invenção da escrita e da moeda, a lei escrita e o nascimento da pólis.

 

d)    a invenção da escrita e da religião, a lei escrita e o nascimento da pólis.

 

e)    Nenhuma das alternativas anteriores.

 

____________________________________________

Questão 05(ENEM-2016-1ª Aplicação)

 

O aparecimento da pólis, situado entre os séculos VIII e VII a.C., constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade foi plenamente sentida pelos gregos,

 

manifestando-se no surgimento da filosofia.

 

VERNANT, J.-P As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Ditei, 2004 (adaptado)

 

Segundo Vernant, a filosofia na antiga Grécia foi resultado do(a)

 

a)    surgimento da cidade como organização social.

 

b)    constituição do regime democrático.

c)    contato dos gregos com outros povos.

d)    desenvolvimento no campo das navegações.

e)    aparecimento de novas instituições religiosas.

 

____________________________________________

 

Questão 06 (ENEM-2014) Compreende-se assim o alcance de uma reivindicação que surge desde o nascimento da cidade a Grécia antiga: a redação das leis. Ao escrevê-las, não se faz mais que assegurar-lhes permanência e fixidez. As leis tornam-se bem comum, regra geral, suscetível de ser aplicada a todos da mesma

 

maneira.

 

VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992 (adaptado).

 

Para o autor a reivindicação atendida na Grécia antiga, ainda vigente no mundo contemporâneo, buscava garantir o seguinte princípio:

 

a)  Transparência                 acesso        às         informações

 

governamentais.

 

b)    Tripartição — separação entre os poderes políticos estatais.

 

c)    Equiparação- igualdade de gênero na participação política.

 

d)    Isonomia — igualdade de tratamento aos cidadãos.

 

e)    Elegibilidade – permissão para candidatura aos cargos públicos.

 

____________________________________________

 

Questão 07 (ENEM-2015-adaptada) O que implica o sistema da pólis é uma extraordinária preeminência da palavra sobre todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do jogo político.

 

VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992 (adaptado).

 

Na configuração política da democracia grega, e especial a ateniense, a ágora tinha por função

 

a)   agregar os cidadãos em torno de reis que governavam em prol da cidade.

 

b)   possibilitar aos cidadãos a participação às deliberações do Estado apresentadas por seus magistrados.

 

2


c)       reunir os exércitos para decidir em assembléias fechadas os rumos a serem tomados em caso de guerra.

 

d)      congregar a comunidade para eleger representantes com direito a pronunciar-se em assembléias.

 

e)       constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões da comunidade.

 

_______________________________________________

 

Questão 08 (UNIOESTE-2010) Pode-se afirmar que a Filosofia é filha da cidade-estado grega (pólis). A pólis grega surgiu entre os séculos VIII e VII a.C., e os primeiros filósofos surgiram por volta do século VI a.C. nas colônias gregas. O texto abaixo indica algumas das características da pólis que propiciaram o surgimento da Filosofia:

 

“A pólis se faz pela autonomia da palavra, não mais a palavra mágica dos mitos, palavra dada pelos deuses e, portanto, comum a todos, mas a palavra humana do conflito, da discussão, da argumentação. A expressão da individualidade por meio do debate engendra a política, libertando o homem dos exclusivos desígnios divinos, para ele próprio tecer o seu destino na praça pública. O saber deixa de ser sagrado e passa a ser objeto de discussão; a instauração dessa ordem humana dá origem ao cidadão da pólis, figura inexistente no mundo coletivista da comunidade tribal.”

 

(M. L. A. Aranha; M. H. P. Martins)

Considerando o texto acima, é incorreto afirmar que

 

a)    para a Filosofia, os critérios de argumentação e de explicação são os princípios e regras da razão que devem ser aplicados nas discussões públicas por meio da linguagem.

 

b)    a verdade não deve ser imposta como um decreto divino, mas discutida, criticada e demonstrada pelos cidadãos.

 

c)    o surgimento da Filosofia na Grécia ocorreu de forma inesperada, isolada e excepcional, sem relação com seu momento histórico: foi o chamado “milagre grego”.

 

d)    a liberdade e a autonomia política do cidadão estão estreitamente ligadas à sua autonomia de pensamento.

 

e)    o mito e o sagrado, na explicação do homem e do mundo, contrapõem-se aos argumentos e demonstrações filosóficos.

 

_____________________________________________

 

Questão 09 (ENEM 2018) O filósofo reconhece-se pela posse inseparável do gosto da evidência e do sentido da ambiguidade. Quando se limita a suportar a ambiguidade, esta se chama equívoco. Sempre aconteceu que, mesmo aqueles que pretenderam construir uma filosofia absolutamente positiva, só conseguiram ser filósofos na medida em que, simultaneamente, se recusaram o direito de se instalar no saber absoluto. O que caracteriza o filósofo é o movimento que leva incessantemente do saber

 

à  ignorância, da ignorância ao saber, e um certo repouso neste movimento.

 

MERLEAU-PONTY, M. Elogio da filosofia.

 

Lisboa; Guimarães, 1998 (adaptado).

 

O texto apresenta um entendimento acerca dos elementos constitutivos da atividade do filósofo, que se caracteriza por


a)    reunir os antagonismos das opiniões ao método dialético.

 

b)    ajustar a clareza do conhecimento ao inatismo das ideias.

 

c)    associar a certeza do intelecto à imutabilidade da verdade.

 

d)    conciliar o rigor da investigação à inquietude do questionamento.

 

e)    compatibilizar   as   estruturas   do   pensamento   aos

 

princípios fundamentais.

 

GABARITO:

 

01–C

02–E

 

03–B

04–C

 

05–A

06–D

 

07–E

08–C

 

09–D

 

Democracia Ateniense e Pré-Socráticos

 

DEMOCRACIA ATENIENSE

 

A política, inerente à Atenas, ganhou, desde Péricles, o reconhecimento de “democracia”, porque a sua gestão(poder - cratós) não pertencia a uma minoria, mas sim de um grande grupo(demos).

 

O exercício do regime democrático está relacionado com originalidade da manifestação popular.

 

PRÉ-SOCRÁTICOS

 

A maior investigação filosófica apontada por eles existia sobre o início (arché), a origem, o princípio, a substância primordial, a causa primeira do mundo. Visão cosmológica sobre o mundo.

 

A origem da filosofia estaria nas colônias gregas da Jônia, onde hoje é a Turquia. Homens como Tales, Anaximandro e Anaxímenes que iniciaram a filosofia.

 

Tales (624-547 a.C.) considerou a água como sendo o arkhé, o princípio governante do mundo: “Tudo é água”.

 

Anaximandro(610- 547a.C.) criou o conceito de “ápeiron” que define que o mundo teve origem de uma substância indefinida, que representava o infinito, ilimitado e o indeterminado.

 

Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C.) disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá

 

Anaxágoras (500-428 a.C.) acreditava que o princípio do mundo estava em diversos componentes, e não apenas em um. “No menor das partes está presente o todo”.

 

Parmênides (c.530-460 a.C.) apresentou sustentações para o que viemos depois a chamar de nascimento da lógica e do pensamento puramente racional. A razão proporciona o conhecimento, os sentidos, não. Proporciona assim uma definição para o ser(ontos). “o ser é uno”

 

 

3


Heráclito (535-475 a.C.), o pré-socrático responsável pela defesa da mudança: ”é impossível o mesmo ser entrar no mesmo rio duas vezes”

 

Para Empédocles(490-430 a.C.) , a origem do universo somente poderia ser explica pela união de elementos primordiais e indestrutíveis que geram todas as coisas são o fogo, a água, o ar e a terra.

 

Leucipo (c.490 a.C.) foi um dos filósofos gregos pré-socráticos que apresentou o modelo de um átomo.

 

Demócrito (460-370 a.C.) defendia que a “substância primordial das coisas” estava constituída no átomo.

 

 

Ghiraldelli Jr., Paulo. A Aventura da Filosofia: de Parmênides a Nietzsche (págs. de 18 à 20). Edição do Kindle.

 

ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).

 

BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).

 

EXERCÍCIOS:

 

Questão01(UNICENTRO 2010) No século V a.C. Atenas esteve sob o governo de Péricles, um dos grandes estrategos do mundo grego. Naquele período, Atenas vivenciou o grande florescimento das artes, ciência, filosofia e política. Segundo alguns autores, é a partir do governo de Péricles que os gregos traçaram as linhas mestras daquilo que viria a ser a política enquanto atividade (e dever) de todos os cidadãos que vivem na pólis (cidade-estado).

 

A partir desta e outras informações sobre o governo de Péricles, assinale a alternativa correta.

 

a)  No governo de Péricles, somente as classes mais favorecidas tinham direito a voz nas assembleias.

 

b)  Somente aos sábios caberia o dever de governar a pólis grega, porque apenas eles teriam condições de

 

“contemplar” a verdadeira ideia de justiça.

 

c)  Péricles propõe, como melhor regime político, a sofocracia, governo nas mãos do sábio.

 

d)  Péricles desenvolveu uma concepção política muito restrita, na qual o governo da pólis seria mantido somente por um pequeno número de pessoas.

 

e)    O  governo,  próprio  de  Atenas,  recebeu,  a  partir  de

 

Péricles, o nome de “democracia”, porque a sua direção

(poder - cratós) não está na mão de um pequeno grupo,

mas sim da maioria (o demos).

____________________________________________

 

Questão 02(ENEM-2018-PPL)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Disponível em: http://une.org.br. Acesso em: 30 jul. 2015 (adaptado).


Considerando o funcionamento do regime democrático, o episódio retratado na imagem está associado ao(à)

a)    legalidade dos partidos políticos.

b)    valorização das políticas afirmativas.

c)    esgotamento do movimento sindical.

 

d)    legitimidade da mobilização popular.

e)    emergência das organizações não governamentais.

____________________________________________

Questão 03(ENEM-2012-adaptada)

 

TEXTO I

 

Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, eque outras coisas provêm de sua descendência.Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água,quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível,

 

transforma-se em pedras.

 

BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).

 

TEXTO II

 

Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios,ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade,dão a impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha.”

 

GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).

Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que

 

a)    eram baseadas num princípio originário para o mundo.

b)    postulavam nas ciências da natureza.

c)    refutavam as teorias de filósofos da religião.

 

d)    tinham origem nos mitos das civilizações antigas.

e)    defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas.

_____________________________________________

 

Questão04(ENEM-2015-adaptada)A filosofia grega parece começar com uma ideia absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos nela e levá-la a sério? Sim e por três razões; Em primeiro lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem nela, embora apenas em estado de

 

crisálida, está contido o pensamento: Tudo é um.

 

NIETZSCHE, F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.

 

O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos?

 

a)    O impulso em transformar, mediantes justificativas os elementos sensíveis em verdades racionais.

 

b)    A necessidade de explicar, usando metáforas, a origem dos seres e das coisas.

 

c)    A ambição de expor, de maneira metódica, as diferenças entre as coisas.

 

4


d)    O desejo de buscar, de forma racional, a causa primeira das coisas existentes.

 

e)    A tentativa de justificar, a partir de elementos empíricos, o

 

que existe no real.

_____________________________________________

Questão05(ENEM-2016-1ª Aplicação)

 

TEXTO I

 

Fragmento B91: Não se pode banhar duas vezes no mesmo rio, nem substância mortal alcançar duas vezes mesma condição; mas pela intensidade e rapidez da mudança, dispersa e de novo reúne.

 

HERÁCLITO. Fragmentos (Sobre a natureza). São Paulo: Abril Cultural, 1996 (adaptado).

 

TEXTO II

 

Fragmento B8: São muitos os sinais de que o ser é ingênito e indestrutível, pois é compacto, inabalável e sem fim; não foi nem será, pois é agora um todo homogêneo, uno, contínuo. Como poderia o que é perecer? Como poderia gerar-se?

PARMÊNIDES. Da natureza. São Paulo: Loyola, 2002 (adaptado).

 

Os fragmentos do pensamento pré-socrático expõe numa oposição que se insere no campo das

a)    investigações do pensamento sistemático

 

b)    preocupações do período mitológico.

c)    discussões de base ontológica.

d)    habilidades da retórica sofística.

 

e)    verdades do mundo sensível.

_____________________________________________

 

Questão06(ENEM-2017)A representação de Demócrito é semelhante à de Anaxágoras, na medida em que um infinitamente múltiplo é a origem; mas nele a determinação dos princípios fundamentais aparece de maneira tal que contém aquilo que para o que foi formado não é, absolutamente, o aspecto simples para si. Por exemplo, partículas de carne e de ouro seriam princípios que, através de

sua concentração, formam aquilo que aparece como figura.

Hegel, G.W.F. Crítica Moderna. In: Souza, J.C. (Org.).Os pré-socráticos: vida e

 

obra. São Paulo: Nova Cultural, 2000 (adaptado).

 

O texto faz uma apresentação crítica acerca do pensamento de Demócrito, segundo o qual o “princípio constitutivo das coisas” estava representado pelo(a)

a)    número, que fundamenta a criação dos deuses.

 

b)    devir, que simboliza o constante movimento dos objetos.

 

c)    água, que expressa a causa material da origem do universo.

 

d)    imobilidade, que sustenta a existência do ser atemporal.

e)    átomo, que explica o surgimento dos entes.

 

_____________________________________________

 

Questão07(ENEM-2018-PPL)Demócrito julga que a natureza das coisas eternas são pequenas substâncias infinitas, em grande número. E julga que as substâncias são tão pequenas que fogem às nossas percepções. E lhes são inerentes formas de toda espécie, figuras de toda espécie e diferenças em grandeza. Destas, então, engendram-se e combinam-se todos

 

os volumes visíveis e perceptíveis.

 

SIMPLÍCIO. Do Céu (DK 68 a 37). In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1996 (adaptado).

 

Demócrito atribui-se a origem do conceito de

a)    porção mínima da matéria, o átomo.

 

b)   princípio móvel do universo, a arché.

 

c)    qualidade única dos seres, a essência.

 

d)   quantidade variante da massa, o corpus.

 

e)    substrato constitutivo dos elementos, a physis.

 

_____________________________________________


Questão08 (ENEM-2016-PPL)Todas as coisas são diferenciações de uma mesma coisa e são a mesma coisa. E isto é evidente. Porque se as coisas que são agora neste mundo - terra, água, ar e fogo e as outras coisas que se manifestam neste mundo -, se alguma destas coisas fosse diferente de qualquer outra, diferente em sua natureza própria e se não permanecesse a mesma coisa em suas muitas mudanças e diferenciações, então não poderiam as coisas, de nenhuma maneira, misturar-se umas às outras, nem fazer bem ou mal umas às outras, nem a planta poderia brotar da terra, nem um animal ou qualquer outra coisa vir à existência, se todas as coisas não fossem compostas de modo a serem as mesmas. Todas as coisas nascem, através de diferenciações, de uma mesma coisa, ora em uma forma, ora em outra, retomando sempre a mesma coisa.

 

DIÓGENES, In: BORNHEIM, G, A. Os filósofos pré-socráticos, São Paulo: Cultrix, 1967

 

O texto descreve argumentos dos primeiros pensadores, denominados pré-socráticos. Para eles, a principal preocupação filosófica era de ordem

 

a)    cosmológica, propondo uma explicação racional do mundo fundamentada nos elementos da natureza.

 

b)    política, discutindo as formas de organização da pólis ao estabelecer as regras da democracia.

 

c)    ética, desenvolvendo uma filosofia dos valores virtuosos que tem a felicidade como o bem maior.

 

d)    estética, procurando investigar a aparência dos entes sensíveis.

 

e)    hermenêutica, construindo uma explicação unívoca da realidade.

 

_____________________________________________

 

Questão09(ENEM-2012-adaptada)Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.

 

ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo:

 

Odysseus, 2012 (adaptado).

 

O texto faz referência à relação entre razão e sensação,um

 

aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão(427 a.C.-

346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante

dessa relação?

 

a)    Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.

 

b)    Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não.

 

c)    Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles.

 

d)    Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis.

 

e)    Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.

 

GABARITO:

 

01–E

 

02–D

 

03–A

04–D

 

05–C

 

06–E

07–A

 

08–A

09–B

 

5


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