Boa noite pessoal, tudo bem? A nossa atividade dessa semana é baseada na filosofia helenística,
onde vocês vão ler e responder a questões abaixo, citando os principais aspectos de cada escola.
- Quem é o fundador;
- As suas principais idéias;
- Seus ensinamentos;
- O que eles defendiam.
-
resumo excelente de uma colega professora de filosofia.
Um abraço a todos,
bons estudos!
AS
QUATRO ESCOLAS DO HELENISMO
Introdução
A morte de Alexandre III em 323 assinala, tradicionalmente, o fim da
polis como modelo de unidade política e o começo da difusão da cultura grega no
Oriente. Nem mesmo a meteórica expansão de Roma e a conquista das monarquias
helenísticas foi capaz de afetar, posteriormente, a predominância cultural do
helenismo em todo o Mediterrâneo Oriental.
Durante o conturbado Período Helenístico, o homem deixou de ser o
componente mais importante de uma comunidade restrita para se tornar um simples
cidadão de vastos impérios. A perda da importância política individual fez
muitos se dedicarem cada vez mais à busca da felicidade pessoal através da
religião, da magia ou da Filosofia.
As principais escolas filosóficas do Período Helenístico foram o
cinismo, o ceticismo, o epicurismo e o estoicismo. Todas procuravam,
basicamente, estabelecer um conjunto de preceitos racionais para dirigir a vida
de cada um e, através da ausência do sofrimento, chegar à felicidade e ao
bem-estar.
Das antigas escolas filosóficas, a Academia envolveu-se durante algum
tempo com o ceticismo, e depois voltou ao caminho original, traçado por Platão;
o Liceu, fundado por Aristóteles, afastou-se cada vez mais da filosofia e da
erudição e se devotou, principalmente, à literatura.
O Período helenístico caracterizou-se por um processo de interação entre
a cultura grega clássica e a cultura dos povos orientais conquistados.
Substituiu-se a vida pública pela vida privada como centro de reflexões
filosóficas.
A reflexão política foi abandonada pela Filosofia. Na
filosofia Greco-romana, que corresponde à fase militar de Roma, não houve
grandes novidades, pois o principais pensadores dedicaram-se basicamente à
tarefa de assimilar e desenvolver as contribuições culturais herdadas da Grécia
Clássica.
As principais correntes filosóficas desse período vão tratar da
intimidade, e da vida interior do ser humano. Entre as principais tendências
desse período destaca-se o epicurismo, o estoicismo, o pirronismo e o cinismo.
EPICURISMO: O PRAZER
O epicurismo, de Epicuro (324-271 a.C.) – propunha a ideia de que o ser
humano deve buscar o prazer da vida. No entanto, distinguia, entre os prazeres,
aqueles que são duradouros e aqueles que acarretam dores e sofrimentos, pois o
prazer estaria vinculado a uma conduta virtuosa. Para Epicuro, o supremo prazer
seria de natureza intelectual e obtido mediante o domínio das paixões. Os
epicuristas procuravam a ataraxia, termo grego que usavam para designar o
estado em que não havia dor, de quietude, serenidade, imperturbabilidade da
alma. O epicurismo, posteriormente, serviu de base ao hedonismo, filosofia que
também defende a busca do prazer, mas que não diferencia os tipos de prazeres,
tal como faz Epicuro. Defendia que o prazer é o princípio e o fim de uma vida
feliz.
Epicuro defendia dois grandes grupos de prazeres. O primeiro reúne os
prazeres mais duradouros, que encantam o espírito, como a boa conversação, a
contemplação das artes, a audição da música etc. O segundo inclui os prazeres
mais imediatos, muitos dos quais são movidos pela explosão das paixões e que,
ao final, podem resultar em dor e sofrimento.
Para desfrutar dos prazeres do intelecto é necessário dominar os
prazeres exagerados da paixão.
ESTOICISMO: O DEVER
O estoicismo, de Zenão de Cício (334-262 a.C.) – os representantes desta
escola, conhecidos como estoicos, defendiam uma atitude de completa austeridade
física e moral, baseada na resistência do homem ante os sofrimentos e os males
do mundo. Seu ideal de vida, designado pelo termo grego apathéia (que costuma
ser mal traduzido por "apatia"), era alcançar uma serenidade diante
dos acontecimentos fundada na aceitação da "lei universal do cosmos",
que rege toda a vida. Fundado pelas ideias de Zenão de Cício, Defendiam a noção
de que toda a realidade existente é uma realidade racional.
O que chamamos de Deus, nada mais é do que a fonte dos princípios
racionais que regem a realidade.
Zenão propõe o dever, vinculado à compreensão da ordem cósmica, como o
melhor caminho para a felicidade.
CETICISMO: A SUSPENSÃO DO JUÍZO
O ceticismo (pirronismo), de Pirro de Élis (365-275 a.C.) - segundo suas
teorias, nenhum conhecimento é seguro, tudo é incerto. O pirronismo defendia
que se deve contentar com as aparências das coisas, desfrutar o imediato
captado pelos sentidos e viver feliz e em paz, em vez de se lançar à busca de
uma verdade plena, pois seria impossível ao homem saber se as coisas são
efetivamente como aparecem. Assim, o pirronismo é considerado uma forma de
ceticismo, que professa a impossibilidade do conhecimento, da obtenção da
verdade absoluta.
Fundado a partir das ideias de Pirro de Élis, foi uma corrente
filosófica que defendia a ideia de que tudo é incerto, nenhum conhecimento é
seguro, qualquer argumento pode ser contestado.
Desse modo, aceitando que das coisas só se podem conhecer as aparências
e desfrutando o imediato captado pelos sentidos, as pessoas viveriam felizes e
em paz.
CINISMO: ALÉM DAS CONVENÇÕES
O cinismo - o termo cinismo vem do grego kynos, que significa
"cão", e designa a corrente dos filósofos que se propuseram a viver
como os cães da cidade, sem qualquer propriedade ou conforto. Levavam ao
extremo a filosofia de Sócrates, segundo a qual o homem deve procurar conhecer
a si mesmo e desprezar todos os bens materiais. Por isso Diógenes, o pensador
mais destacado dessa escola, é conhecido como o “Sócrates demente”, ou o
“Sócrates louco”, pois questionava os valores e as tradições sociais e
procurava viver estritamente conforme os princípios que considerava moralmente
corretos. Sãos inúmeras as histórias e acontecimentos na vida desse filósofo
que o tornaram uma figura instigante da história da filosofia.
Cínico, do grego kynicos, significa “como um cão”. Designa assim a
corrente dos filósofos que se propuseram viver como os cães da cidade, sem
qualquer propriedade e conforto.
Levavam ao extremo a tese socrática de que o ser humano deve
procurar conhecer a si mesmo e desprezar todos os bens materiais.
FONTES: (COTRIM, G. Fundamentos da filosofia. São Paulo: Saraiva, 2005,
pp.105-106) in http://jaueras.blogspot.com.br/2010/01/as-quatro-escolas-do-helenismo.html
RESPONDA, AS QUESTÕES ABAIXO.
1. Caracterize, em termos gerais, a
filosofia desenvolvida depois do período clássico.
2. Confronte o epicurismo com o
estoicismo, destacando semelhanças e diferenças.
3. Por que o pirronismo é considerado
uma forma de ceticismo? De que maneira seu ceticismo definia o modo de vida que
propunha?
4. Explique a origem da palavra
cinismo, destacando sua relação com a corrente filosofia que denomina.
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