Boa noite meus queridos!
Espero que esteja tudo bem com vocês.
OK, a nossa atividade consiste em leitura do texto, e responder o que se pede:
1- O que é teoria do conhecimento?
2-Cite os dois elemenetos fundamentais do processo do conhecimento?
3-Qual a é a concepção do ceticismo em relação ao conhecimento?
4-Qual a concepção do dogmatismo em relação ao conhecimento?
5-Qual o posicionamento do empirismo?
6-O que afirma que afirma o racionalismo?
7-Como também é chamada a teoria do conhecimento?
8-Quais são os principais representantes do ceticismo?
9-Cite a diferença entre Empirismo e Racionalismo.
10-Cite a diferença entre Realismo e Idealismo.
Vocês podem encontrar esse assunto no livro didático no cap. 6. a partir da pg. 74.
um abraço a todos,
e bons estudos!
Em caso de dúvidas, é só postar aqui nos comentários.
Teoria do Conhecimento
A teoria do conhecimento tem por objetivo buscar a origem, a natureza, o valor e os limites
do conhecimento, da faculdade de conhecer. Às vezes o termo é usado ainda como
sinônimo de epistemologia, o que não é exato, pois a mesma é mais ampla,
abrangendo todo tipo de conhecimento, enquanto que a epistemologia limita-se ao
estudo sistemático do conhecimento científico, sendo por isso mesmo chamada de
filosofia da ciência.
A
necessidade de procurar explicar o mundo dando-lhe um sentido e descobrindo-lhe
as leis ocultas é tão antiga como o próprio Homem, que tem recorrido para isso
quer ao auxílio da magia, do mito e da religião, quer, mais recentemente,
à contribuição da ciência e da tecnologia.
Mas é
sobretudo nos últimos séculos da nossa História, que se tem dado a importância
crescente aos domínios do conhecimento e da ciência. E
se é certo que a preocupação com este tipo de questões remonta já à Grécia
antiga, é porém a partir do séc. XVIII que a palavra ciência adquire um sentido
mais preciso e mais próximo daquele que hoje lhe damos.
É também
sobretudo a partir desta época que as implicações da atividade científica na
nossa vida quotidiana se têm tornado tão evidentes, que não lhe podemos ficar
indiferentes. O que é o conhecimento
científico, como se
adquire, o que temos implícito quando dizemos que conhecemos determinado
assunto, em que consiste a prática científica, que relação existe entre o
conhecimento científico e o mundo real, quais as consequências práticas e
éticas das descobertas científicas, são alguns dos problemas com que nos
deparamos frequentemente.
Diante
desses questionamentos, este trabalho pretende fazer um apanhado geral acerca
da Teoria do Conhecimento, suas correntes e representantes, de modo que se
torne mais fácil a sua compreensão.
Conceito
A teoria do conhecimento, se interessa pela investigação da natureza, fontes e validade do
conhecimento. Entre as questões principais que ela tenta responder estão as
seguintes. O que é o conhecimento? Como nós o alcançamos? Podemos conseguir
meios para defendê-lo contra o desafio cético?
Essas
questões são, implicitamente, tão velhas quanto a filosofia. Mas,
primordialmente na era moderna, a partir do século XVII em diante – como
resultado do trabalho de Descartes (1596-1650) e Jonh Locke (1632-1704) em associação com
a emergência da ciência moderna – é que ela tem ocupado um plano central na
filosofia.
Basicamente
é conceituada como o estudo de assuntos que outras ciências não conseguem
responder e se divide em quatro partes, sendo que três delas possuem correntes
que tentam explica-las: I – O conhecimento como problema, II – Origem do
Conhecimento e III – Essência do Conhecimento e IV – Possibilidade do
Conhecimento.
Veja
abaixo as principais correntes e seus representantes:
A) O
Conhecimento Quanto à Origem
A
polêmica racionalismo-empirismo tem sido uma das mais persistentes ao longo da
história da filosofia, e encontra eco ainda hoje em diversas posições de
epistemólogos ou filósofos da ciência. Abundam, ao longo da linha constituída
nos seus extremos pelo racionalismo e pelo empirismo radicais, as posições
intermédias, as tentativas de conciliação e de superação, como veremos a
seguir.
• Empirismo
“O
empirismo pode ser definido como a asserção de que todo conhecimento sintético
é baseado na experiência.” (Bertrand Russell).
Conceitua-se
empirismo, como a corrente de pensamento que sustenta que a experiência sensorial
é a origem única ou fundamental do conhecimento.
Originário
da Grécia Antiga, o empirismo foi reformulado através do tempo na Idade Média e
Moderna, assumindo várias manifestações e atitudes, tornando-se notável as
distinções e divergências existentes. Porém, é notório que existem
características fundamentais, sem as quais se perde a essência do empirismo e a
qual, todos os autores conservam, que é a tese de que todo e qualquer
conhecimento sintético haure sua origem na experiência e só é válido quando
verificado por fatos metodicamente observados, ou se reduz a verdades já
fundadas no processo de pesquisa dos dados do real, embora, sua validade lógica
possa transcender o plano dos fatos observados.
Como já
foi dito anteriormente, existe no empirismo divergência de pensamentos, e é
exatamente esse aspecto que abordaremos a seguir. São três, as linhas
empíricas, sendo elas: a integral, a moderada e a científica.
O
empirismo integral reduz todos os conhecimentos – inclusive os matemáticos – à
fonte empírica, àquilo que é produto de contato direto e imediato com a
experiência. Quando a redução é feita à mera experiência sensível, temos o
sensismo (ou sensualismo). É o caso de John Stuart Mill, que na obra Sistema da
Lógica diz que todos os conhecimentos científicos resultam de processos
indutivos, não constituindo exceção as verdades matemáticas, que seriam
resultado de generalizações a partir de dados da experiência. Ele apresenta a
indução como único método científico e afirma que nela
resolvem-se tanto o silogismo quanto os axiomas
matemáticos.
O
empirismo moderado, também denominado genético-psicológico, explica que a origem
temporal dos conhecimentos parte da experiência, mas não reduz a ela a validez
do conhecimento, o qual pode ser não-empiricamente valido (como nos casos dos
juízos analíticos). Uma das obras baseadas nessa linha é a de John Locke
(Ensaios sobre o Entendimento Humano), na qual ele explica que as sensações são
ponto de partida de tudo aquilo que se conhece. Todas as ideias são elaborações
de elementos que os sentidos recebem em contato com a realidade.
Como já
foi dito, para os moderados há verdades universalmente validas, como as
matemáticas, cuja validez não assenta na experiência, e sim no pensamento. Na
doutrina de Locke, existe a admissão de uma esfera de validade lógica a priori
e, portanto não empírica, no que concerne aos juízos matemáticos.
Por fim,
há o empirismo científico, que admite como válido, o conhecimento oriundo da
experiência ou verificado experimentalmente, atribuindo aos juízos analíticos
significações de ordem formal enquadradas no domínio das fórmulas lógicas. Esta
tendência está longe de alcançar a almejada “unanimidade cientifica”.
•
Racionalismo
É a
corrente que assevera o papel preponderante da razão no processo cognoscitivo,
pois, os fatos não são fontes de todos os conhecimentos e não nos oferecem
condições de “certeza”.
Um dos
grandes representantes do racionalismo, Gottfried Leibniz, afirma em sua obra
Novos Ensaios sobre o Entendimento Humano, que nem todas as verdades são
verdades de fato; ao lado delas, existem as verdades de razão, que são aquelas
inerentes ao próprio pensamento humano e dotadas de universalidade e certeza
(como por exemplo, os princípios de identidade e de razão suficiente), enquanto
as verdades de fato são contingentes e particulares, implicando sempre a
possibilidade de correção, sendo válidas dentro de limites determinados.
Ainda
retratando o pensamento racionalista, encontramos Reneé Descartes, adepto do
inatismo, que afirma que somos todos possuidores, enquanto seres pensantes, de
uma série de princípios evidentes, ideias natas, que servem de fundamento
lógico a todos os elementos com que nos enriquecem a percepção e a
representação, ou seja, para ele, o racionalismo se preocupa com a ideia
fundante que a razão por si mesma logra atingir.
Esses
dois pensadores podem ser classificados como representantes do racionalismo
ontológico, que consiste em entender a realidade como racional, ou em
racionalizar o real, de maneira que a explicação conceitual mais simples, se
tenha em conta da mais simples e segura explicação da realidade.
Existe
também uma outra linha racionalista, originada de Aristóteles, denominada
intelectualismo, que reconhece a existência de “verdades de razão” e, além
disso, atribui à inteligência função positiva no ato de conhecer, ou seja, a
razão não contém em si mesma, verdades universais como ideias natas, mas as
atinge à vista dos fatos particulares que o intelecto coordena. Concluindo: o
intelecto extrai os conceitos ínsitos no real, operando sobre as imagens que o
real oferece.
Hessen,
um dos adeptos do intelectualismo, lembra que há nele uma concepção metafísica
da realidade como condição de sua gnoseologia, que é conceber a realidade como
algo de racional, contendo no particularismo contingente de seus elementos, as
verdades universais que o intelecto “lê” e “extrai”, realizando-se uma
adequação plena entre o entendimento e a realidade, no que esta tem de
essencial.
Por fim,
devemos citar uma ramificação do racionalismo que alguns autores consideram
autônoma, que é o Criticismo.
O criticismo
é o estudo metódico prévio do ato de conhecer e dos modos de conhecimento, ou
seja, uma disposição metódica do espírito no sentido de situar, preliminarmente
o problema do conhecimento em função da relação “sujeito-objeto”, indagando as
suas condições e pressupostos. Ele aceita e recusa certas afirmações do
empirismo e racionalismo, por isso, muitos autores acreditam em sua autonomia.
Entretanto, devemos entender tal posição como uma análise crítica e profunda
dos pressupostos do conhecimento.
Seu maior
representante, Immanuel Kant, tem como marca a determinação a
priori das condições lógicas das ciências. Ele declara que o conhecimento não
pode prescindir da experiência, a qual fornece o material cognoscível e nesse
ponto coincide com o empirismo. Porém, sustenta também que o conhecimento de
base empírica não pode prescindir de elementos racionais, tanto que só adquire
validade universal quando os dados sensoriais são ordenados pela razão. Segundo
palavras do próprio autor, “os conceitos sem as intuições são vazios; as
intuições sem os conceitos são cegas”.
Para ele,
o conhecimento é sempre uma subordinação do real à medida do humano.
Conclui-se
então, que pela ótica do criticismo, o conhecimento implica sempre numa
contribuição positiva e construtora por parte do sujeito cognoscente em razão
de algo que está no espírito, anteriormente à experiência do ponto de vista
gnosiológico.
B) O
Conhecimento Quanto à Essência
Nessa
parte do estudo, analisaremos o ponto da Teoria do Conhecimento em que há mais
divergências, sendo estas fundamentais pra o pleno conhecimento do assunto, que
é o realismo e o idealismo.
• Realismo
Sabendo
que a palavra realismo vem do latim res (coisa), podemos conceituar essa
corrente como a orientação ou atitude espiritual que implica uma preeminência
do objeto, dada a sua afirmação fundamental de que nós conhecemos coisas. Em
outras palavras, é a independência ontológica da realidade, ou seja, o sujeito
em função do objeto.
O
realismo é subdividido em três espécies. O realismo ingênuo, o tradicional e o
crítico.
O
realismo ingênuo, também conhecido como pré-filosófico, é aquele em que o homem
aceita a identidade de seu conhecimento com as coisas que sua mente menciona,
sem formular qualquer questionamento a respeito de tal coisa. É a atitude do
homem comum, que conhece as coisas e as concebem tais e quais aparecem.
Já o
realismo tradicional é aquele em que há uma indagação a respeito dos
fundamentos, há uma procura em demonstrar se as teses são verdadeiras, surgindo
uma atitude propriamente filosófica, seguindo a linha aristotélica.
Por
último, podemos citar o realismo cientifico, que é a linha do realismo que
acentua a verificação de seus pressupostos concluindo pela funcionalidade
sujeito-objeto e distinguindo as camadas conhecíveis do real como a
participação – não apenas criadora – do espírito no processo
gnosiológico. Para os seguidores desse pensamento, conhecer é sempre conhecer
algo posto fora de nós, mas que, se há conhecimento de algo, não nos é possível
verificar se o objeto – que nossa subjetividade compreende – corresponde ou não
ao objeto tal qual é em si mesmo.
Há
portanto, no realismo, uma tese ou doutrina fundamental de que existe uma
correlação ou uma adequação da inteligência a “algo” como objeto do
conhecimento, de maneira que nós conhecemos quando a nossa sensibilidade e
inteligência se conformam a algo de exterior a nós. De acordo com o modo de
compreender-se essa “referibilidade a algo”, bifurca-se o realismo em
tradicional e o crítico, que são as duas linhas pertinentes à filosofia.
• Idealismo
Surgiu na
Grécia Antiga com Platão, denominado de idealismo transcendente, onde as ideias
ou arquétipos ideais representam a realidade verdadeira, da qual seriam as
realidades sensíveis, meras copias imperfeitas, sem validade em si mesmas, mas
sim enquanto participam do ser essencial. O idealismo de Platão reduz o real ao
ideal, resolvendo o ser em ideia, pois como ele já dizia, as ideias são o sol
que ilumina e torna visíveis as coisas.
Alguns
autores entendem que a doutrina platônica poderia ser vista como uma forma de
realismo, pois para eles, o idealismo “verdadeiro” é aquele desenvolvido a
partir de Descartes.
O que
interessa à Teoria do Conhecimento, é o idealismo imanentista, que afirma que
as coisas não existem por si mesmas, mas na medida e enquanto são representadas
ou pensadas, de maneira que só se conhece aquilo que se insere no domínio de
nosso espírito e não as coisas como tais, ou seja, há uma tendência a
subordinar tudo à formas espirituais ou esquemas. No idealismo, que é a
compreensão do real como idealidade (o que equivale dizer a realidade como
espírito), o homem cria um objeto com os elementos de sua subjetividade, sem que
algo preexista ao objeto (no sentindo gnosiológico).
Sintetizando,
o idealismo é a doutrina ou corrente de pensamento que subordina ou reduz o
conhecimento à representação ou ao processo do pensamento mesmo, por entender
que a verdade das coisas está menos nelas do que em nós, em nossa consciência
ou em nossa mente, no fato de serem “percebidas” ou “pensadas”.
Dentro
dessa concepção existem duas orientações idealistas. Uma é a do idealismo
psicológico ou conscienciológico, onde o que se conhece não são as coisas e sim
a imagem delas. Podemos conceituá-lo como aquele em que a realidade é
cognoscível se e enquanto se projeta no plano da consciência, revelando-se como
momento ou conteúdo de nossa vida interior. Também chamado de idealismo
subjetivo, este diz que o homem não conhece as coisas, e sim a representação
que a nossa consciência forma em razão delas. Seus representantes são Hume,
Locke e Berkeley.
A outra é
a orientação idealista de natureza lógica, que parte da afirmação de que só
conhecemos o que se converte em pensamento, ou é conteúdo de pensamento. Ou
seja, o ser não é outra coisa senão ideia.
Seu maior
representante, Hegel, diz em uma de suas obras que
nós só conhecemos aquilo que elevamos ao plano do pensamento, de maneira que só
há realidade como realidade espiritual.
Resumindo:
na atitude psicológica, ser é ser percebido e na atitude lógica, ser é ser
pensado.
C)
Possibilidade do Conhecimento
Essa
parte da teoria do conhecimento é responsável por solucionar a seguinte
questão: qual a possibilidade do conhecimento?
Para que
seja possível respondê-la, muitos autores recorrem a duas importantes posições:
o dogmatismo e o ceticismo, os quais veremos abaixo.
• Dogmatismo
É a
corrente que se julga em condições de afirmar a possibilidade de conhecer
verdades universais quanto ao ser, à existência e à conduta, transcendendo o
campo das puras relações fenomenais e sem limites impostos a priori à razão.
Existem
duas espécies de dogmatismo: o total e o parcial.
O
primeiro é aquele em que a afirmação da possibilidade de se alcançar a verdade
ultima é feita tanto no plano da especulação, quanto no da vida pratica ou da
Ética. Esse dogmatismo intransigente, quase não é adotado, devido à
rigorosidade de adequação do pensamento. Porém, encontramos em Hegel a
expressão máxima desse tipo de dogmatismo, pois, existe em suas obras uma
identificação absoluta entre pensamento e realidade. Como o próprio autor diz “o
pensamento, na medida em que é, é a coisa em si, e a coisa em si, na medida em
que é, é o pensamento puro”.
Já o
parcial, adotado em maior extensão, tem um sentido mais atenuado, na intenção
de afirmar-se a possibilidade de se atingir o absoluto em dadas circunstâncias
e modos quando não sob certo prisma. Ou seja, é a crença no poder da razão ou
da intuição como instrumentos de acesso ao real em si.
Alguns
dogmáticos parciais se julgam aptos para afirmar a verdade absoluta no plano da
ação. Entretanto, outros somente admitem tais verdades no plano especulativo.
Daí origina-se a distinção entre dogmatismo teórico e dogmatismo ético.
O
dogmatismo ético tem como adeptos Hume e Kant, que duvidavam da possibilidade
de atingir as verdades últimas enquanto sujeito pensante (homo theoreticus) e
afirmavam as razões primordiais de agir, estabelecendo as bases de sua Ética ou
de sua Moral.
Por
conseguinte, temos como adepto do dogmatismo teórico, Blaise Pascal, que não
duvidava de seus cálculos matemáticos e da exatidão das ciências enquanto
ciências, mas era assaltado por duvidas no plano do agir ou da conduta humana.
• Ceticismo
Consiste
numa atitude dubitativa ou uma provisoriedade constante, mesmo a respeito de
opiniões emitidas no âmbito das relações empíricas. Essa atitude nunca é
abandonada pelo ceticismo, mesmo quando são enunciados juízos sobre algo de
maneira provisória, sujeitos a refutação à luz de sucessivos testes.
Ou seja,
o ceticismo se distingue das outras correntes por causa de sua posição de
reserva e de desconfiança em relação às coisas.
Há no
ceticismo – assim como no dogmatismo – uma distinção entre absoluto e parcial,
ressaltando que este último não será discutido nesse trabalho.
O
ceticismo absoluto é oriundo da Grécia e também denominado pirronismo. Prega a
necessidade da suspensão do juízo, dada a impossibilidade de qualquer
conhecimento certo. Ele envolve tanto as verdades metafísicas (da realidade em
si mesma), quanto as relativas ao fundo dos fenômenos. Segundo essa corrente, o
homem não pode pretender nenhum conhecimento por não haver adequação possível
entre o sujeito cognoscente e o objeto conhecido. Ou seja, para os céticos
absolutos, não há outra solução para o homem senão a atitude de não formular
problemas, dada a equivalência fatal de todas as respostas.
Um dos
representantes do ceticismo de maior destaque na filosofia moderna é Augusto
Comte.
Resumo dos
principais problemas da Teoria do Conhecimento
·
A questão do conhecimento: Para compreender a si mesmo
e o mundo os homens querem entender a sua própria capacidade de entender.
·
Sujeito e objeto: Os dois elementos do processo de conhecimento
– Conhecer é representar cuidadosamente o que é exterior à mente. Para que
exista conhecimento, sempre será necessária a relação entre dois elementos
básicos: Um sujeito conhecedor (nossa consciência, nossa mente) e um objeto
conhecido (a realidade, o mundo, os inúmeros fenômenos).
·
As possibilidades do conhecimento: O ceticismo prega a
impossibilidade de conhecermos a verdade. O dogmatismo defende a possibilidade
de conhecermos a verdade.
·
Ceticismo absoluto: Tudo é ilusório e passageiro. Consiste em
negar de forma total nossa possibilidade de conhecer a verdade. Assim, o homem
nada pode afirmar, pois nada pode conhecer. Ao dizer que nada é verdadeiro, o
ceticismo absoluto anula a si próprio, pois diz que nada é verdadeiro, mas
acaba afirmando que pelo menos existe algo de verdadeiro.
·
O ceticismo relativo: Nega apenas parcialmente nossa capacidade de
conhecer a verdade.
·
Dogmatismo: É uma doutrina que defende a possibilidade de
conhecermos a verdade. Dogmatismo ingênuo: Consiste em acreditar plenamente nas
possibilidades do nosso conhecimento.
·
Dogmatismo crítico: Acredita em nossa capacidade de conhecer a
verdade mediante um esforço conjugado de nossos sentidos e nossa inteligência.
·
Empirismo: Defende que todas as nossas
ideias são provenientes de nossas percepções sensoriais (visão, audição, tato,
olfato e paladar).
·
Racionalismo crítico e materialismo dialético: A experiência e o trabalho
da razão depositam total e exclusiva confiança na razão humana como instrumento
capaz de conhecer a verdade.
Se há
conhecimento humano, existe a verdade, porque esta nada mais é do que a
adequação da inteligência com a coisa. Com a experiência da verdade, há
consequentemente a existência da certeza, que é passar a inteligência à
verdade conhecida. A inteligência humana tende a fixar-se na verdade conhecida.
Metodologicamente, há primeiro o conhecimento, depois a verdade, e finalmente a
certeza. Tal tomada de posição perante o primeiro problema da critica é chamado
dogmatismo. Sendo defendida por filósofos realistas, como por exemplo:
Aristóteles e Tomás de Aquino.
Se, ao
contrário, se sustentar que a inteligência permanece, em tudo e sempre, sem
nada afirmar e sem nada negar, sem admitir nenhuma verdade e nenhuma certeza,
sendo a dúvida universal e permanente o resultado normal da inteligência
humana, está se defendendo o ceticismo.
O
problema crítico representa um passo além do dogmatismo e do ceticismo. Uma vez
que admite-se a existência da verdade (valor do conhecimento), e da certeza,
pergunta-se então: Onde estão as coisas: Só na inteligência? Só na matéria? No
intelecto humano e na matéria? Ou só na razão? (como dizem os grandes filósofos
– idealistas, racionalistas e realistas).
Para o
idealismo o ente transcendental compõe-se somente de ideias. Para o
materialismo, somente matéria. Para o realismo, ideias e matéria. Para o
racionalismo, é razão. A crítica é a base necessária de todo o saber cientifico
e filosófico, inclusive da própria ontologia.
Conclusão
Esse
trabalho buscou de forma concisa reunir informações gerais acerca da Teoria do
Conhecimento, baseando-se na visão de Miguel Reale, reunindo conceitos e origem
de algumas correntes, seus objetivos e representantes.
Bibliografia
Reale,
Miguel, Introdução à filosofia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2002. p.
65-76;85-89; 119-123.
Por: Érika Batista Santos
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