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Atividade XV de filosofia EJA 1-A-B-C-D.

Boa noite meus queridos!

Espero que tudo esteja bem com vocês.

OK, A nossa atividade consiste em leitura do texto em seguida responder o que se pede.

vocês terão  um vídeo como apoio.

Um abraço a todos,

bons estudos!

Em caso de dúvidas estamos aqui.  



 Filosofia

Tema: Identidades e sentidos políticos/ Questões de raça, gênero e sexualidade

Atividade

I. Faça a leitura atenta dos Textos 01 e 02.

TEXTO 01

O que é o racismo

Ao questionarmos sobre o problema do racismo, deveríamos talvez nos obrigar a fazer referência a dois tipos dissimiles de perguntas; a primeira, e a mais habitual delas, seria a seguinte: “O que é o racismo?”; a segunda, radicalmente diferente da primeira - e ainda em aparência mal formulada gramaticalmente - deveria ser esta outra: “Quem é o racismo?”.

Em relação à primeira das perguntas, Michel Wieviorka (1993, op. cit.) revela a existência de diversas expressões que representam, numa escala progressiva, diferentes graus do ‘perigo do fenômeno’ racista; essas formas ou expressões visíveis em que o racismo se manifesta seriam: o preconceito, a segregação, a discriminação e a violência racial. Vejamos, ainda que de um modo muito superficial, qual seria o significado dado pelo autor a cada uma dessas palavras e/ou níveis do ‘perigo’ racistas.

O preconceito conferiria aos seus portadores, aos seus donos - isto é: aos membros de um grupo dominante - uma forma de serem conscientes das suas posições de privilégio e hierarquia. Segundo o autor, trata-se de uma forma rudimentar de xenofobia ligada à defesa de uma identidade coletiva e/ou comunitária: o preconceito é assim colocado, assim estabelecido e assim determinado no discurso para não ‘ferir’ e para ‘proteger’ as identidades consideradas apropriadas, quer dizer as identidades próprias, isto é: as identidades (inventadas, produzidas, fabricadas como) normais.

A segregação é um conceito que se formula, em certo modo, em sua ligação com uma ideia específica da especialidade humana: do espaço e de espacialidade relacional entre o ‘eu’ e o ‘outro’, entre o ‘nós’ e o ‘eles’. O indivíduo ou o grupo que é considerado o objeto do racismo - quer dizer: ‘o outro’ e ‘eles’ - acaba sendo confinado em espaços ‘próprios’ que não poderão ser abandonados a não ser em condições tanto ambíguas quanto restritivas.

A discriminação, por sua vez, é um tipo de tratamento diferencialista, quer dizer uma produção específica de alteridade, que penaliza àquilo que no Ocidente foi e é nomeado, ainda hoje, com o eufemismo ‘minorias’. A operação de discriminação consiste, primeiro, na diminuição, na redução do outro - e também a relação do outro com os ‘seus’ outros - e, em segundo lugar, em dotar a todos esses outros, assim ‘diminuídos’, de uma única possibilidade de interpretação dos seus valores e das suas normas. A uma minoria, a qualquer minoria, lhe é dado para si próprio um referente idêntico de representações: haveria assim uma única forma fixa permitida, possível, de se pensar, de se olhar, de se perceber, de se julgar, de se nomear, etc. ao interior desse grupo.

A violência racial não seria outra coisa que o fato de tornar intencionais e explícitas todas as três expressões anteriores. Enquanto o preconceito, a segregação e a discriminação permaneceriam em estado ‘latente’, ‘não intencional’, ‘de um modo

discursivo’, a violência, segundo Wieviorka, é o seu rosto material, o seu movimento exterior, a sua força visível, a sua ação última e final[...].

Disponível em: https://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistapraksis/article/viewFile/520/439. Acesso: 10 jun. 2020.

TEXTO 02

Relações de gênero e sexualidade

A escola, em sua função social, caracteriza-se como um espaço democrático que deve oportunizar a discussão de questões sociais e possibilitar o desenvolvimento do pensamento crítico. Para isso, faz-se necessário que o (a) professor (a) traga informações e contextualize-as, além de contribuir, oferecendo caminhos para que o (a) discente adquira mais conhecimentos. É também um ambiente de sociabilidade entre as crianças, o que acarreta na difusão sócio-cultural, incluindo as relações de gênero.

A partir da compreensão sobre as diferenças corporais e sexuais, culturalmente se cria na sociedade, ideias e valores sobre o que é ser homem ou mulher. Esta diferenciação se denomina representações de gênero. Desse modo, as questões de gênero encontram-se diretamente relacionada à forma como as pessoas concebem os diferentes papéis sociais e comportamentais relacionados aos homens e às mulheres, estabelecendo padrões fixos daquilo que é “próprio” para o feminino bem como para o masculino, de forma a reproduzir regras como se fosse um comportamento natural do ser humano, originando condutas e modos únicos de se viver sua natureza sexual. Isso significa que as questões de gênero têm ligação direta com a disposição social de valores, desejos e comportamentos no que tange à sexualidade.

Nesse sentido, a escola tem um papel fundamental na desmistificação destas diferenças, além de ser um importante instrumento na construção de valores e atitudes, que permitam um olhar mais crítico e reflexivo sobre as identidades de gênero, ao invés de ser um lugar de práticas de desigualdades e de produção de preconceitos e discriminações como destaca Louro (1997, p. 57):

Diferenças, distinções, desigualdades... A escola entende disso. Na verdade, a escola produz isso. Desde seus inícios, a instituição escolar exerceu uma ação distintiva. Ela se incumbiu de separar os sujeitos — tornando aqueles que nela entravam distintos dos outros, os que a ela não tinham acesso. Ela dividiu também, internamente, os que lá estavam, através de múltiplos mecanismos de classificação, ordenamento, hierarquização.

Dessa maneira, interesses e formas de comportamento para cada sexo são estimulados no ambiente escolar. Por isso, é necessário perceber como são formados e legitimados, fazendo com que alunos (as) se identifiquem ou diferenciem-se de acordo com as características socialmente valorizadas e/ou determinadas, não esquecendo que o processo educativo precisa ser desenvolvido visando à desmistificação das diferenças à respeito do gênero.

Disponível em: https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/relacoes-genero-sexualidade.htm. Acesso: 10 jun. 2020.

Atenção! O estudante que tiver acesso à internet pode acessar os links disponibilizados nesta atividade (filmes, aulas, textos).

II. Responda às questões propostas com anotações em seu caderno.

01. Qual a relação entre preconceito e identidade coletiva?

02. Em cidades brasileiras onde a maioria da população se autodeclara negra ou parda, existem bairros (geralmente considerados “nobres”) habitados por mais de 90% de brancos. Que conceito se aplica a essa realidade?

03. Cite exemplo(s) que possam ilustrar situações de preconceito relacionado à questão de gênero.

04. Para evidenciar que as relações de gênero são historicamente construídas pesquise exemplos de propagandas sexistas. O que você sugere para mudar essa situação?

Onde encontro o conteúdo

Livro didático de Filosofia da 1ª serie adotado por sua unidade escolar.

ARANHA, M. L.; ARRUDA, M.H. Filosofando: Introdução à Filosofia. 6. Edição. São Paulo: Moderna, 2016. Volume único, Capítulo 6 p. 249 e 253.

Aula Tema: A Ágora Como Espaço Discursivo: Democracia e Cidadania

Disponível em: http://pat.educacao.ba.gov.br/emitec/disciplinas/exibir/id/6826.

Acesso: 10 jun. 2020.

O estudante que tiver acesso à internet pode acessar a plataforma Anísio Teixeira para assistir a aula do EMITEC clicando no link acima.

Objetivo

Compreender introdutoriamente as relações de raça e de gênero como construção social.

Reconhecer alguns elementos que reproduzem as relações de gênero.

Depois da atividade

Agora, que tal criar um elemento visual (desenho, charge, tirinha...) passando uma mensagem de combate ao racismo?

Faça isso e depois compartilhe com seus familiares e amigos.

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